Eu queria passar o tempo
brincando com as flores,
com os pássaros, com as crianças...
Mas preciso brigar com os homens
que produzem a fome
e matam as esperanças.
Uma singela e carinhosa homenagem ao aniversariante de hoje, dia 17 de junho, Irmão Antônio Cechin.
Segue um pouco da biografia, extraído do livro "O Irmão dos Pobres"
Antônio Cechin nasceu em 17 de junho de 1927, na cidade de Santa Maria - RS. Ingressou no Juvenato dos Irmãos Maristas em 25 de janeiro de 1937, com 10 anos incompletos. Aos 16 anos, em 24 de janeiro de 1944, emitiu os votos temporários, tornando-se Irmão Marista. Em 14 de janeiro de 1949, aos 21 anos de idade, emitiu os votos solenes, definitivos.
Formado em Letras Clássicas e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, também foi professor e diretor em colégios da Congregação Marista. Trabalhou como secretário da Faculdade de Filosofia da PUC-RS. Estudou Catequese e Economia em Paris e trabalhou em Roma na Sagrada Congregação dos Ritos, que cuida da Liturgia e da causa dos santos. Foi o primeiro coordenador do setor de Catequese da CNBB Sul, que abrangia Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atuou na Ação Católica, especialmente na JEC. Em consequência de seu comprometimento com a liberdade e a vida, foi perseguido, preso e torturado pela ditadura militar, como preso político, em 1968 e 1972.
Conforme diz o Irmão Benício, seu mano e também marista, a Catequese “foi sua grande paixão”. Com sua irmã Matilde criou as Fichas Catequéticas, protagonizando uma Catequese Libertadora. Em 1968, colaborou com importante reflexão sobre o tema da Catequese na Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, em Medellín.
No início da década de 70, Irmão Antônio foi pioneiro, entre religiosos, na inserção junto aos pobres na periferia de Canoas, onde nasceram Comunidades Eclesiais de Base. E suas experiências de pastoral servem de base para a Teologia da Libertação. Ajudou a criar o Centro de Orientação Missionária (COM), bem como o CEBI e o CECA, a CPT e o MST. Buscou na experiência de Sepé Tiarajú e no povo Guarani uma mística de luta para os movimentos sociais e populares e também colaborou com a criação do Partido dos Trabalhadores. Em Porto Alegre, atuou como Administrador (Subprefeito) das Ilhas do Guaíba, durante o Governo municipal de Olívio Dutra, quando nasceu o Orçamento Participativo.
Irmão Antônio começou a trabalhar nas Ilhas do Guaíba, no Delta do Jacuí, quando se aproximava dos 60 anos de idade. Agora, já passando dos 80 anos, segue servindo aos pobres que vivem nas margens do imenso lago Guaíba, que é um centro da vida e lugar de encontro das águas. Os pobres que ali vivem são colocados no centro e incluídos graças ao seu trabalho. Com sua presença solidária e fraterna junto aos pobres das Ilhas, organizando os catadores de “lixo”, emerge das águas do Guaíba uma mística de luta ecológica. E nasce a Devoção a Nossa Senhora das Águas, a Romaria das Águas e a Pastoral da Ecologia.
Quando, em outubro de 2006, ocorreu o episódio da mortandade de peixes no Rio dos Sinos, no local conhecido como Pesqueiro, em Sapucaia do Sul, Irmão Antônio logo atinou para a possibilidade de a Romaria da Terra ser realizada nesse lugar. E lá nos encontramos para celebrar a vida, que é dom de Deus e que muitas vezes sofre ameaças da ambição humana.
A Romaria da Terra, nesse lugar indicado por Irmão Antônio, é um marco de denúncia da crise ecológica e um ato de compromisso com a preservação da vida. A Romaria que defende os direitos e a dignidade dos pobres da terra, também faz ecoar o grito das águas e de toda a criação de Deus.
Irmão Antônio Cechin, o Irmão dos pobres, é um Moisés do nosso tempo. Empenhou sua vida em favor dos empobrecidos. Caminhou ao encontro dos excluídos pelo sistema de ganância. E os colocou de volta a caminho como Povo de Deus, num novo modo vida, baseado na solidariedade, no amor e na justiça do Reino que Jesus anunciou.
Formado em Letras Clássicas e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, também foi professor e diretor em colégios da Congregação Marista. Trabalhou como secretário da Faculdade de Filosofia da PUC-RS. Estudou Catequese e Economia em Paris e trabalhou em Roma na Sagrada Congregação dos Ritos, que cuida da Liturgia e da causa dos santos. Foi o primeiro coordenador do setor de Catequese da CNBB Sul, que abrangia Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atuou na Ação Católica, especialmente na JEC. Em consequência de seu comprometimento com a liberdade e a vida, foi perseguido, preso e torturado pela ditadura militar, como preso político, em 1968 e 1972.
Conforme diz o Irmão Benício, seu mano e também marista, a Catequese “foi sua grande paixão”. Com sua irmã Matilde criou as Fichas Catequéticas, protagonizando uma Catequese Libertadora. Em 1968, colaborou com importante reflexão sobre o tema da Catequese na Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, em Medellín.
No início da década de 70, Irmão Antônio foi pioneiro, entre religiosos, na inserção junto aos pobres na periferia de Canoas, onde nasceram Comunidades Eclesiais de Base. E suas experiências de pastoral servem de base para a Teologia da Libertação. Ajudou a criar o Centro de Orientação Missionária (COM), bem como o CEBI e o CECA, a CPT e o MST. Buscou na experiência de Sepé Tiarajú e no povo Guarani uma mística de luta para os movimentos sociais e populares e também colaborou com a criação do Partido dos Trabalhadores. Em Porto Alegre, atuou como Administrador (Subprefeito) das Ilhas do Guaíba, durante o Governo municipal de Olívio Dutra, quando nasceu o Orçamento Participativo.
Irmão Antônio começou a trabalhar nas Ilhas do Guaíba, no Delta do Jacuí, quando se aproximava dos 60 anos de idade. Agora, já passando dos 80 anos, segue servindo aos pobres que vivem nas margens do imenso lago Guaíba, que é um centro da vida e lugar de encontro das águas. Os pobres que ali vivem são colocados no centro e incluídos graças ao seu trabalho. Com sua presença solidária e fraterna junto aos pobres das Ilhas, organizando os catadores de “lixo”, emerge das águas do Guaíba uma mística de luta ecológica. E nasce a Devoção a Nossa Senhora das Águas, a Romaria das Águas e a Pastoral da Ecologia.
Quando, em outubro de 2006, ocorreu o episódio da mortandade de peixes no Rio dos Sinos, no local conhecido como Pesqueiro, em Sapucaia do Sul, Irmão Antônio logo atinou para a possibilidade de a Romaria da Terra ser realizada nesse lugar. E lá nos encontramos para celebrar a vida, que é dom de Deus e que muitas vezes sofre ameaças da ambição humana.
A Romaria da Terra, nesse lugar indicado por Irmão Antônio, é um marco de denúncia da crise ecológica e um ato de compromisso com a preservação da vida. A Romaria que defende os direitos e a dignidade dos pobres da terra, também faz ecoar o grito das águas e de toda a criação de Deus.
Irmão Antônio Cechin, o Irmão dos pobres, é um Moisés do nosso tempo. Empenhou sua vida em favor dos empobrecidos. Caminhou ao encontro dos excluídos pelo sistema de ganância. E os colocou de volta a caminho como Povo de Deus, num novo modo vida, baseado na solidariedade, no amor e na justiça do Reino que Jesus anunciou.
Tive a graça de poder contar esta história no livro "O Irmão dos Pobres", editado pela ESTEF. No blog tem um link sonre o livro.
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