quarta-feira, 29 de abril de 2009

Discurso do teólogo Leonardo Boff na Assembléia da ONU

"Temos que baixar a Terra da cruz e ressuscitá-la"

No de 2000 a Carta da Terra nos fazia esta severa advertência: "Estamos num momento crítico da história da Tierra, na qual a humanidade deve escolher o seu futuro...A escolha nossa é: ou formamos uma aliança global para cuidar da Tierra e cuidarnos uns dos outros ou arriscamos a nossa própria destruição e a da diversidade da vida”


quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Dia do Planeta Terra


Em 22 de abril é celebrado o Dia do Planeta Terra. Os habitantes da Terra decidiram que um dos 365 dias em que se vive anualmente no planeta seja dedicado ao próprio planeta. Isso pode ser bom, quando seja um dia de reflexão que nos leve a cuidar do planeta durante todos os dias do ano. Mas, é muito ruim dedicar apenas este único dia para pensar na Terra e esquecer dela durante o resto do ano. Vivemos na Terra, que é a nossa casa comum e de forma coletiva devemos cuidar dela durante todos os dias do ano. Mas o Dia da Terra, 22 de abril, é um dia simbólico em que precisamos parar e pensar seriamente no nosso planeta. O dia 22 de abril representa todos os outros dias do ano que devem ser dedicados ao cuidado do nosso planeta. E mais do que nunca, agora sabemos o quanto merece de cuidados.
A Terra é um grande organismo vivo e por isso é também chamado “GAIA”, nome de uma deusa grega. A vida não está apenas na biosfera do planeta, mas é um todo, um conjunto de vitalidade. No planeta Terra tudo está conectado e trabalhando em favor de todas as formas de vida. A Terra é uma interligação de muitos trilhões de microorganismos vivos. Ela é um grande organismo vivo, regulado pela vida, onde todos os organismos reagem e interagem perante as reações dos demais organismos e tudo concorre para o favorecimento da vida. A Terra é um complexo sistema de vida que quer manter-se vivo.
A história de vida da Terra é marcada por transtornos, crises e assaltos provocados por fenômenos da própria natureza. Mas, o problema é que a presença da espécie humana no planeta fez aumentar os ataques e a sua destruição. É a mão do ser humano que está causando as catástrofes ambientais ao redor da Terra. Hoje reconhecemos que o mesmo modelo de sociedade humana que oprime os mais pobres, também devasta as florestas, polui as águas e extingue uma infinidade de espécies de vida.
Impactos ambientais sempre ocorreram, mas agora acontece algo bem mais grave. O ser humano alterou muito o sistema de vida na Terra, causou enormes e perversas mudanças que afetam todo o organismo do planeta. Chegamos ao ponto de que a nossa civilização, de forma inédita, está diante do perigo de romper com o futuro da vida. Estamos cortando o cordão umbilical da vida que está em contínua gestação. Por isso entrou em nosso vocabulário o termo crise ecológica. E esta realidade de crise, que afeta a vida de toda a humanidade, nos chama a atenção para outra crise, que é a crise do nosso modo de vida. O que está em crise, é a forma de como vivemos em sociedade e como gerimos os recursos naturais, as riquezas da humanidade e o trabalho humano.
Diante da crise temos de pensar num outro caminho possível e fazer algumas correções e transformações. É preciso apostar num novo modo de viver na Terra. Está na hora de fazer opções de mudanças para garantir a vida, como propusera José Lutzenberger: “Ou mudamos nossa filosofia de vida ou de fato extinguiremos toda a vida do planeta”. Talvez, a vida no planeta não se acabe como um todo, mas a espécie humana poderá perecer completamente, porque todo o mal que praticamos a Terra, nos atinge a nós humanos.
Se o dia 22 de abril nos chamou atenção e nos fez pensar na Terra, então vamos cuidar dela durante todo o ano que segue e enquanto estivermos respirando o ar e nos alimentando com o alimento que ela, tão generosamente, nos oferece. A Terra é nossa mãe que nos nutre e nos dá tudo o que precisamos. Mas, como diz São Francisco de Assis, ela também é nossa irmã, que precisa do nosso cuidado.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Código Florestal. Uma Oportunidade para a Agricultura Camponesa


O Código Florestal
Uma Oportunidade para a Agricultura Camponesa


1 - Um pouco da História
2 - Destrinchando o Código Florestal
3 – As Áreas de Preservação Permanente e as Áreas de Reserva Legal são Áreas de Uso
4 – Propostas para implementar uma Política Ambiental e Florestal Adequando para o Campo Brasileiro

Clique AQUI e confira o texto de Frei Sérgio Antônio Görgen no site Ecologia e Espiritualidade



segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Páscoa nos faz pensar


Desde criança, quando reflito as questões da minha fé, venho me perguntando por que mesmo mataram Jesus? Porque o mataram se Ele é o Cristo, filho de Deus, o Messias que veio nos trazer a salvação? Mas andando nas procissões com o povo que vive, reza e canta sua fé, guardei em perpétua memória o refrão de um hino da semana santa, que diz assim: "Eles queriam um grande rei que fosse forte dominador e por isso não creram Nele e mataram o Salvador". A maioria do povo de Israel, no tempo de Jesus, talvez induzida por suas autoridades, queria mesmo um grande rei com pleno poder para derrubar do trono seus inimigos e governar soberanamente.

Dominados pelo poder dos romanos, os judeus da época, sonhavam com um rei dominador que também pudesse dominar o resto do mundo. Não pensaram que, aderindo ao projeto de Jesus de Nazaré, eles poderiam se libertar do jugo imperialista romano e construir um caminho de justiça e liberdade para todos os povos e nações. Não acolheram o Salvador da humanidade porque simplesmente queriam um rei que os governasse. Judas Iscariotes, o traidor que se sentiu traído, estava crente que Jesus de Nazaré iria fazer aquilo que ele, Judas, tanto queria, que era tomar o poder dos romanos. Judas seguiu a Jesus pensando que Ele iria fazer a sua vontade, realizar o seu projeto, mas foi bem diferente. E quando Judas não via mais em Jesus uma alternativa para seu plano, ele tratou de entregá-lo às autoridades para que o condenasse a morte. Aprisionado em seu projeto pessoal e incapaz de perceber a dinâmica do Reino de Deus, Judas Iscariotes e muitos outros do seu povo perderam a oportunidade de servir a Deus.

Mesmo no horizonte da ressurreição, a morte é sempre uma dor. E por isso, não creio que Deus Pai quisesse a morte de seu Filho, Jesus de Nazaré, mesmo certo de que Ele iria ressuscitar. Mas, o que causou a morte de Cristo foi a incapacidade do mundo de então compreender e acolher a graça de Deus. E o Cristo filho de Deus morreu na cruz porque foi além dos interesses humanos. Ele se manteve fiel ao projeto de libertação dos pobres e de todos os povos, de toda a humanidade. Jesus contrariou interesses de poder, e nisso Ele foi até as últimas conseqüências, ao ponto de ser condenado a morte de cruz. Analisando os fatos relatados nos Evangelhos, percebemos que Jesus desafiou todos os lados de interesse, mostrando que a lógica do Reino de Deus é diferente de muitas lógicas do mundo. Deus quer a paz, a justiça, o perdão, o amor e a fraternidade. De tudo o que Jesus propõe, nos parece que a novidade rejeitada por uma parte do seu povo naquela época e por muita gente de hoje, é o amor aos inimigos.

Jesus contrariou as autoridades numa dimensão religiosa, mas isso também tinha um desdobramento político, ético e social. Ele não queria uma religião de aparências e de exclusão, mas de simplicidade e compromisso com a vida, com a justiça e a verdade e que levasse a uma convivência de paz, de acolhimento e respeito às diferenças. Cristo anunciou o Reino de Deus. Talvez se tivesse anunciado um reino qualquer, inventado por ele mesmo, que fosse diferente do plano de Deus, poderia ter sido aceito pela maioria dos seus conterrâneos. Jesus poderia se tornar o imperador de Israel, mas os pobres de seu povo e de todo o mundo continuariam sem esperança, a humanidade continuaria sem conhecer a salvação, sem ver o testemunho da bondade e do pleno e sublime amor de Deus. Jesus rejeitou o poder e contrariou interesses de poder para manifestar um outro poder, o que serve e liberta o ser humano.

Frei Pilato Pereira

quarta-feira, 8 de abril de 2009

As quatro ordens franciscanas se reúnem em Assis


Irrompe a "pax francescana" abençoada pelo Papa Ratzinger. Pela primeira vez na história, as quatro ordens "filhas" de São Francisco (Conventuais, Capuchinhos, Frades Menores e Ordem Terceira) se reunirão em Assis, na Itália, na quarta-feira, 15, para celebrar o oitavo centenário de aprovação da Regra Franciscana pelo Papa Inocêncio III na metade de abril de 1209.

A reportagem é do jornal La Repubblica, 07-04-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto. E foi extraído do site do IHU http://www.unisinos.br/_ihu

É quase um milagre para as quarto ordens ligadas ao Pobrezinho que até agora se ignoraram substancialmente, às vezes entrando até em competição entre si para disputar a herança espiritual de Francisco. Mas agora o clima parece mudar com os 800 anos da Regra festejada no grande Capítulo das Esteiras, que ocorrerá em Assis, em recordação das "esteiras onde os frades se acomodaram no primeiro Capítulo anunciado em 1221 por Francisco". A explicação é do Pe. Enzo Fortunato, diretor da sala de imprensa do Sacro Convento e porta-voz do evento, junto com os padres José Rodriguez Carballo, ministro-geral do Frades Menores, Aldo Broccato, presidente das Famílias franciscanas, Paolo Fiasconaro, secretário do Capítulo, e Mariano Steffan, secretário de organização.

Em Assis – onde três mil frades irão chegar em representação dos 35 mil franciscanos presentes em 65 nações – os trabalhos se desenvolverão do dia 15 ao 18 de abril. Cada dia será dedicado a uma temática franciscana típica, coordenada por um dos quarto ministros-gerais para "recuperar e revigorar" os carismas de Francisco.

Na quarta-feira, 15, diante da Basílica de Santa Maria dos Anjos o tema será a Acolhida, com o padre Carballo, segundo o qual o encontro é uma "grande celebração para toda a família franciscana" porque "é a primeira vez que as nossas quatro ordens se encontram juntas aqui em Assis, onde tudo teve início".

No segundo dia, se falará sobre Testemunho, com o padre Marco Tasca, ministro dos Conventuais, para uma reflexão "sobre o dom do chamado à vida evangélica segundo São Francisco". No terceiro dia, na Basília de Santa Clara, o tema será Penitência, com o padre Mauro Johri, ministro dos Capuchinhos; e Jejum com o padre Michael J. Higgins, ministro da Ordem Terceira.

No sábado, 14, o encontro se transfere para Castel Gandolfo, onde se falará sobre Gratidão, e Bento XVI receberá os frades, que, à tarde, irão ao encontro do presidente da República Giorgio Napolitano, em Castel Porziano, perto de Roma.

Para ler mais:

Fonte:
http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=21244

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