segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Boas vindas ao 7º bilionésimo Ser Humano

Diversos jornais informam que a partir de hoje, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população do Planeta Terra chega a 7 bilhões de habitantes. Dizem que uma recém-nascida nas Filipinas é simbolicamente o ser humano de número 7 bilhões. A ONU usou, sim, estimativas demográficas, mas, selecionou esta data como um dia simbólico para promover o debate sobre o tema, de modo especial sobre as questões crescimento e sustentabilidade. E como já sou um dos 6 bilhões de habitantes deste Planeta, quero dar boas vindas ao 7º bilionésimo Ser Humano na face da Terra.

Querido irmão ou querida irmã, amado/a Ser Humano de número 7 bilhões, quero te dar as boas vindas à luz Sol. Tu, que saíste das águas de uma vida, talvez, tranquila e calma para habitar na esfera deste nosso Planeta água, com turbulências e agitações e aqui chegastes registrando o número de 7 bilhões, mereces uma acolhida de ternura, paz, respeito e carinho. Da tua recente vida, apenas sei que és negro, branco, índio, mestiço, amarelo, mulato, indiano, árabe, asiático, europeu, latino..., e que és menino e menina. És, enfim, de todas as corres, de todas as etnias e começas a aprender a falar todas as línguas. Meu querido 7º bilionésimo irmão, sei que tu és uma multidão que agora nasce para crescer e florir a Terra.
Quero te dizer, com muita humildade, que, ao redor da Terra, nos últimos dias, muito se tem falado a teu respeito. Alguns murmuram dizendo que não haverá comida para alimentar teu crescimento e tua existência e nem água para saciar tua sede. É verdade que chegastes bastante cedo e que não estamos assim tão bem preparados para uma convivência salutar, fraterna e justa. Ainda somos egoístas, ao ponto de armazenamos comida, esperando o melhor preço para obter grandes lucros. Ainda somos antipáticos uns com os outros e cometemos a burrice de fazer guerras. E o que é pior, nós ainda somos prepotentes, degradamos a Terra com nossas atividades e arrotamos por aí, nas conferências e fóruns, que vamos salvar o Planeta. Nossa ciência, graças ao bom Deus, evoluiu bastante, mas nossa falta de humildade nos impede de obedecer às vozes de sabedoria e bom senso. E em nome de um mísero lucro e um soberbo crescimento econômico, não estamos agindo para deter o aquecimento da Terra. Digo tudo isto, para que saibas onde está chegando.
E quero dizer mais, meu querido 7º bilionésimo irmão. Realmente, a comida e a água estão parecendo escassas, mas, este Planeta é generoso e é não por culpa da natureza que muitos passam fome e sede. É, sim, pela falta de organização das sociedades humanas. Nós ainda precisamos aprender a cuidar de todas as coisas que a mãe e irmã Terra nos concede. Precisamos entender as lógicas da natureza, que nos oferece o alimento na compartilha do trabalho, do amor e do cuidado. Acredito que, se tomarmos atitudes serenas, vivendo a sustentabilidade, nós todos ficaremos livres da severidade causada pelo desenvolvimento degradacionista. Precisamos, no entanto, mudar nosso modo de viver e a vida será bem melhor.
Tomei a iniciativa de te dar boas vindas e falar um pouco das verdades inconvenientes da nossa casa. Mas, também tenho a grata satisfação em dizer que aqui poderás ser muito feliz. Com certeza, terás a oportunidade ajudar a comunidade humana a se reencontrar e viver de forma mais equilibrada e harmônica. Tua presença por aqui poderá trazer muitas boas novas. Cada vida que germina, para nós, mesmo vivendo em crise, é sempre sinal de esperança. Por isso, meu querido 7º bilionésimo irmão, venha com alegria, semear teus sonhos nesta terra fértil. Venha ser feliz neste mundo diverso de saberes e sabores. Saiba que o teu advento, ao ser anunciado como o Ser Humano de número 7 bilhões, despertou preocupação sobre a sustentabilidade do Planeta. Imagino que agora estamos mais atentos sobre a nossa forma de vida. E não quero te dar boas vindas apenas em palavras, mas em ações de sustentabilidade da vida. Ao lhe dizer boas vindas, meu caro 7º bilionésimo irmão, quero me comprometer em cuidar bem de todas as formas de vida ao redor da Terra, colhendo com respeito e cuidado os frutos da natureza, favorecendo a regeneração do Planeta. E neste ato espiritual de apresentação e batismo do nosso 7º bilionésimo irmão, a humanidade toda poderia se comprometer com a sustentabilidade da vida na Terra.
por Pilato Pereira

domingo, 30 de outubro de 2011

Limite próximo

Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, diz Thomas Lovejoy, da George Mason University, no simpósio internacional Fapesp Week.
A Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam seu sistema hidrogeológico. A advertência foi feita por Thomas Lovejoy, atualmente professor da George Mason University, no Estado de Virgínia, EUA, no primeiro dia do simpósio internacional FAPESP Week, em Washington, nesta segunda-feira. O biólogo Lovejoy, um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo, começou a trabalhar na floresta brasileira em 1965, “apenas três anos depois da fundação da Fapesp”, lembrou.
Apesar de muita coisa positiva ter acontecido nestes 47 anos (“quando pisei pela primeira vez em Belém, só havia uma floresta nacional e uma área indígena demarcada e quase nenhum cientista brasileiro se interessava em estudar a Amazônia; hoje esse situação está totalmente invertida”), também apareceram no período diversos fatores de preocupação. Lovejoy acredita que restam cinco anos para inverter as tendências em tempo de evitar problemas de maior gravidade. O aquecimento da temperatura média do planeta já está na casa de 0,8 grau centígrado. Ele acredita que o limite aceitável é de 2 graus centígrados e que ele pode ser alcançado até 2016 se nada for feito para efetivamente reduzi-lo.
O objetivo fixado nas mais recentes reuniões sobre o clima em Cancun e Copenhague de limitar o aumento médio da temperatura média global em 2 graus centígrados pode ser insuficiente, na opinião de Lovejoy, devido a essa conjugação de elementos. De forma similar, Lovejoy crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%).
A boa notícia, diz o biólogo, é que há bastante terra abandonada, sem nenhuma perspectiva de utilização econômica na Amazônia e que pode ser de alguma forma reflorestada, o que poderia proporcionar certa margem de segurança. Em sua palestra, Lovejoy saudou vários cientistas brasileiros como exemplares em excelência em suas pesquisas. Entre outros, Eneas Salati, Carlos Nobre e Carlos Joly.
Fonte: Agência Fapesp/EcoAgência

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SOS Rios do Brasil em permanente campanha: "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES"


O Blog SOS Rios do Brasil mantém desde 2008 a vitoriosa campanha permanente "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES", para alertar, orientar e ajudar as famílias que ocupam áreas de risco de enchentes, alagamentos, deslizamentos, etc, para que possam minimizar os efeitos das pesadas chuvas, no período de novembro a março, em boa parte do Brasil.
Tem recebido considerável apoio e adesão de outros sites, blogs, jornais, revistas e importantes Ongs, associações e entidades comunitárias, que atendem as populações que enfrentam todos os anos, os mesmos problemas, no período das chuvas de verão.
O blog tem divulgado nas comunidades um texto de orientação geral e alerta para ajudar a evitar as tragédias nos deslizamentos, enchentes e alagamentos, inclusive apelando para os responsáveis para que realizem mutirões de limpeza, vistorias e até mesmo deslocamento de famílias, quando necessário.
Também disponibiliza na Campanha um texto muito real, a Cartilha de Defesa Civil do Cidadão, fruto da triste e dolorosa experiência de comunidade de Blumenau (SC), que ao longo dos anos enfrentou diversos episódios, no período das chuvas.
A Pastoral da Ecologia apóia esta campanha que também visa sensibilizar lideranças religiosas a se engajar na conscientização das pessoas para o comprometimento com a prevenção de fenômenos da natureza, causados pelos desequilíbrios ambientais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SBPC e ABC divulgam estudo sobre o Código Florestal

Novo documento lançado pelas entidades destaca pontos que precisam ser revistos no Projeto de Lei da Câmara 30/2011.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) encaminharam, na última terça-feira (11), ao Senado Federal, um documento no qual as entidades destacam os pontos que precisam ser revistos no Projeto de Lei da Câmara 30/2011, que trata da reformulação do Código Florestal brasileiro. Fruto de estudos de um grupo de trabalho de cientistas e pesquisadores da área, o documento se soma ao livro O Código Florestal e a Ciência - Contribuições para o Diálogo, publicado pelas duas entidades em abril deste ano.
"No primeiro estudo, publicado em livro, defendemos que a Ciência tinha que ser ouvida nas discussões do Código Florestal; é um documento mais geral que aborda como a Ciência poderia ajudar nos debates. Agora o texto é mais objetivo e ataca pontos específicos que o grupo entende que devem ser revistos, que merecem maior dedicação dos congressistas", esclarece José Antônio Aleixo da Silva, coordenador do GT e secretário da SBPC.
O documento defende que a atualização do Código Florestal precisa ser feita à luz da ciência e tecnologia hoje disponíveis e alerta aos senadores a importante missão de corrigir os equívocos verificados na votação da matéria na Câmara. De acordo com Aleixo, o estudo divulgado na terça-feira atende à demanda dos próprios senadores que querem ouvir o posicionamento dos cientistas. "Trazemos uma posição mais clara dos pontos que merecem maior atenção. Esperamos que esse texto tenha grande impacto, que seja levado em consideração, porque a briga política entorno do Código é grande", avalia Aleixo.

Destaques - O documento traz um sumário resumido e uma parte mais detalhada com bibliografia indicativa. São dez pontos de destaque, entre eles três se concentram sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Os cientistas alertam que todas as APPs de beira de cursos d'água devem ter sua vegetação preservada e aquelas em que essa vegetação foi degradada devem ser integralmente restauradas. Segundo o estudo, deve ser mantida a definição de APP de cursos d'água do Código Florestal atual e os usos ribeirinhos das APPs na Amazônia devem receber tratamento diferenciado. A definição dos limites das APPs nas áreas úmidas deve ser calculada a partir do nível mais alto da cheia conforme definição da Convenção de Ramsar (Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional) e as APPs em áreas urbanas devem ser reguladas pelo Plano Diretor da cidade.
Os cientistas alertam que é um equívoco considerar que APPs desmatadas até a data de 22 de julho de 2008, para uso alternativo do solo, sejam definidas como atividades consolidadas e por isso possam ser mantidas e regularizadas pelo Plano de Regularização Ambiental (PRA). A maioria dessas APPs foi desmatada em desacordo com a legislação ambiental vigente na época e a definição de área rural consolidada deve ser retirada do texto. O documento indica também a inclusão dos manguezais e apicun como APPs no texto do PLC 30/2011, em função de sua importância ecológica.
De acordo com o estudo, não se justifica cientificamente a inclusão das APPs no cômputo das Reservas Legais (RLs) já que apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares. Elas devem ser mantidas separadas. Os cientistas recomendam que a compensação da Reserva Legal não deve ser prevista no âmbito do bioma indistintamente, pois devido a sua heterogeneidade física, biológica e ecológica, poderá levar à compensação de áreas que não têm equivalência nem em termos de composição e estrutura, nem de função. A compensação deve ser realizada em áreas mais próximas possíveis, dentro da mesma unidade fitoecológica (mesmo ecossistema), de preferência na mesma microbacia ou bacia, para que haja a desejada equivalência ecológica.
Os pesquisadores alertam que a permissão do uso de espécies exóticas em até 50% da Reserva Legal é extremamente prejudicial para as principais funções da área: conservação da biodiversidade nativa e uso sustentável de recursos naturais. Mas o uso temporário de espécies exóticas, combinado com espécies nativas regionais nas fases iniciais de restauração de uma área, pode ser uma alternativa interessante.
O documento destaca ainda que a Agricultura Familiar é definida na Lei 11.326/2006, art.3, com quatro critérios que devem ser simultaneamente observados e dizem respeito a tamanho, mão de obra, renda e gestão. Esses critérios não podem ser reduzidos na lei apenas ao tamanho da propriedade (quatro Módulos Fiscais).

Dilema - Os cientistas ressaltam que não existe dilema entre conservar o meio ambiente e produzir alimentos, afirmando que a limitação para o crescimento da agricultura nacional se deve à falta de adequação de política agrícola e não às restrições ambientais colocadas pelo Código Florestal. O documento também trata do custo de restauração de área degradadas, que varia conforme diferentes situações, e destaca alguns serviços ambientais essenciais da vegetação ripária que justificam sua preservação e restauração.

Confira a íntegra do estudo da SBPC e da ABC sobre o Código Florestal no link:

sábado, 15 de outubro de 2011

O bom mestre

Neste dia do(a) professor(a), compartilho uma poesia que escrevi no final de 2006, em homenagem ao pai, Mozart Lourenço Pereira, que faleceu no dia do professor (15/10/2006). Meu pai foi meu grande mestre.

O bom mestre
Entre um palheiro e outro
Ou algum trago, talvez
Ou um chimarrão
Que a mãe lhe fez
Assim, o pai seguia sua prosa
Como tento dizer neste verso
Ele não queria julgar
O que era errado ou certo
Mas no seu modo calmo de falar
O bom mestre que sabia ensinar
Começava e seguia falando
Com palavras simples e sábias
Ensinando-nos sobre a vida
O que aprendeu de seus pais
Dos livros que leu
E em suas idas e vindas
Era assim depois da tarde caída
Ao longo do anoitecer
Reunidos ao redor do fogão
Enquanto a lenha queimava
O pai partilhava o saber
Que provinha do seu coração

Pilato Pereira

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Defesa da água como bem público e direito universal marcou a 18ª Romaria das Águas


Ás 9 horas desta quarta-feira, dia 12, centenas de romeiros e romeiras saíram da Usina do Gasômetro numa procissão fluvial em direção ao estaleiro da Ilha da Pintada, onde encontraram outros barcos menores, sendo um deles o portador da imagem de Nossa Senhora Aparecida das Águas. Da ilha de volta ao Gasômetro, a imagem da Senhora das Águas conduziu romeiros e romeiras que cantavam e rezavam em diversas crenças e anunciavam o valor comum para todos, que é o cuidado com a natureza. Assim iniciou em Porto Alegre a 18ª Romaria das Águas, com o tema: "Água, bem público e direito universal"
Ao retornar para a Usina do Gasômetro, outras centenas de pessoas aguardavam a chegada da imagem e seus romeiros/as. A Senhora das Águas foi recebida num corredor humano formado pela fraternidade de pessoas de diversas religiões que se deram as mãos para acolher a imagem que denúncia abuso e o desrespeito com as águas e anuncia o cuidado ecológico da vida. Após a fraterna recepção da imagem, o largo do Gasômetro se tornou um grande templo, onde a diversidade religiosa cultural celebrou o amor e compromisso com a criação de Deus. Todas as manifestações foram unanimes em defender a Água como um bem público e direito universal. Líderes religiosos defendem que a Água nunca jamais deve ser privatizada. E que toda a população tem direito de receber em sua casa a água potável, sem ter que pagar por ela como mercadoria.
O coordenador da Associação Caminho das Águas, Irmão Antônio Cechin, falou sobre a importância de todos os romeiros e romeiras se comprometerem com a luta em defesa do serviço público e de qualidade na distribuição da Água. Entre os manifestantes, estava o ex-governador, Olívio Dutra, que também foi Ministro das Cidades e falou em defesa da Água como bem público.
O encontro contou com a presença da equipe do programa Vida no Sul, que gravou com o grupo de Antônio Gringo para a próxima edição do programa que vai ao ar no sábado às 22 horas. Após a Tribuna Ecológica, a 18ª Romaria das Águas encerrou com a Cerimônia do envio e o compromisso no Rito de purificação das Águas.
Esta foi a 18ª edição da Romaria das Águas que iniciou com a devoção de catadores nas Ilhas do Guaíba, quando encontraram junto ao "lixo" a imagem de Nossa Senhora Aparecida. A imagem estava quebrada, mas colaram, prepararam um altar, ascenderam velas e rezaram para a Mãe e Senhora das Águas que hoje reúne pessoas de diversas religiões e denominações religiosas, mas, com um único objetivo: preservar a vida que Deus criou.
O evento Romaria das Águas não ocorre em apenas um dia. Na verdade, a Romaria culmina no dia 12 de Outubro em Porto Alegre, mas a imagem da Senhora das Águas percorre diversas cidades do Estado na coleta de água das nascentes. Fazendo um roteiro de coleta, a Romaria acontece num longo processo de educação ambiental e campanha pela preservação e respeito para com as águas e o meio ambiente. A iniciativa da Romaria foi do Irmão Antônio Cechin, coordenador da Associação Caminho das Águas, que além de promover a Romaria das Águas, também é responsável pela Bicicletada Caminhos de Sepé e desenvolve um trabalho permanente com os catadores de Porto Alegre e região. A realização desta Romaria contou com o apoio de diversas entidades religiosas, como a FAUERS (Federação Afro-Umbandista e Espiritualista no Rio Grande do Sul), a Pastoral da Ecologia da CNBB Sul 3. A Romaria também teve o apoio da CORSAN e da Assembléia Legislativa, através da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Nos municípios onde passou a imagem e se realizou a coleta das águas, a Romaria teve o apoio de entidades locais e em muitos casos das administrações municipais.
Na Romaria deste dia 12 de outubro de 2011 se iniciou a distribuição de uma cartilha sobre o cuidado das Águas, elaborada pela Professora Maria Inês de Canoas, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e que continuará sendo distribuída, de modo especial para as escolas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paz e Bem, Irmão Francisco


Meu caro irmão, Francisco de Assis, neste dia em que a humanidade celebra teu nome e tua vida, te saúdo com ternura e bem querer. Oito séculos separam os nossos dias atuais do tempo em que tu foste peregrino nas ruas de Assis e forasteiro neste mundo. Hoje quero te saudar pelo dia em que a Terra e o Céu celebram tua vida testemunhada no amor aos pobres e a natureza - este extraordinário legado que nos deixaste e que se preserva ao longo dos séculos, chegando a te considerar o homem do milênio.
Entendo que não queira nenhum tipo de honrarias, mas este dia podemos celebrar em honra de Franciscos e Claras, irmãos e irmãs de todas as formas de vida. Celebramos esta data como o dia de Sábado da Criação, entoando nos gestos, nas palavras, nas ações e nos silêncios, o teu Cântico ao Senhor Irmão Sol. Hoje podemos celebrar em honra de toda a criação de Deus. Pois, tu és o irmão universal, o santo da ecologia, da paz e da ternura. O pobrezinho de Assis que mostrou ao mundo que a grande riqueza, aquela que liberta os corações, vem do Evangelho de Jesus Cristo.
Também quero ser breve nas palavras que são poucas e pobres, mas carregadas da grande riqueza dos sentimentos que o mundo tem por ti, meu caro irmão Francisco. Somos incontáveis os que te amam e admiram o teu jeito de amar e servir ao Altíssimo e Bom Deus, com todas as criaturas; com o senhor irmão Sol e as irmãs Lua e Estrelas; os irmãos Vento e Nuvens; a irmã Água e o irmão Fogo e nossa irmã e mãe Terra, bem como, todos os irmãos e irmãs que vivem o perdão, o amor e a paz e são capazes de compreender os limites e as possibilidades da vida.
Com todas as criaturas soubeste amar e servir o Altíssimo e Bom Deus, e este grande amor descobriste ao abraçar e beijar o leproso. Por isso, irmão Francisco, que quando tu já não mais podia ver com os olhos, pode sentir a comunhão com todas os seres vivos e acolher o caminho, que não te levou deste mundo, mas que te eternizou no coração da humanidade. Pode parecer estranho, mas eu sei que estás presente no sentimento das aves do céu, dos peixes do mar, das plantas e animais da terra. Tudo o que vive, mesmo sem saber, sente Francisco, o sentimento grande de comunhão com tudo o que Deus criou.
Disse que minhas palavras seriam breves e, como tu não está tão longe, irmão Francisco, aqui concluo. Mas, neste dia, quero te abraçar com os raios do Sol, com as nuvens e o vento e quero beijar teu coração com o luar, o murmúrio dos insetos e o cantar majestoso do Sabiá.
Paz e Bem.
Assinado: Cisco
Gaia, 4 de outubro de 2011.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Hoje é o Dia de São Francisco de Assis e do Bem Estar Animal


Hoje, 4 de outubro, é a Festa de São Francisco de Assis e o município de Canoas celebra oficialmente esta data com o Dia do Bem Estar Animal. Por ser o padroeiro da Ecologia, o protetor dos animais e um santo universal, venerado e celebrado por pessoas de diversas religiões, o Dia de São Francisco de Assis foi escolhido para ser a data de conscientização sobre o respeito aos animais e toda a natureza. E o município de Canoas, através da lei 5.615/2011, de autoria do vereador Ivo Fiorotti, criou o Dia Municipal do Bem Estar Animal.
Nesta terça-feira, 4 de outubro, acontece em diversos pontos da cidade, ações de conscientização sobre o cuidado e a posse responsável de animais domésticos. O 1º Dia do Bem Estar Animal em Canoas é comemorado hoje pela Prefeitura Municipal, através da Diretoria de Vigilância em Saúde, em parceria com entidades e o Fórum do Bem Estar Animal.

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