O Serviço de Justiça, Paz e Ecologia – SEJUPE – da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul recebeu uma carta escrita por um frade da Ordem dos Pregadores (Dominicanos), residente em Honduras, contando algumas coisas referentes ao golpe militar e sobre a situação do povo hondurenho neste momento.
Frei Óscar Vasquez OP, relata que em todo o território nacional de Honduras prevalece “a violência, a repressão e a anulação de todas as garantias constitucionais e individuais de quem se encontra no país”. De acordo com Frei Óscar, todos os meios de comunicação estão impedidos de comunicar nacional e internacionalmente o que vem ocorrendo realmente no país, sobre os atos repressivos do governo-militar de fato. Além de rádio, televisão, jornais, também as linhas telefônicas estão sendo cortadas.
Também existem ameaças de corte da energia elétrica no território de Honduras. E já foram cancelados os vôos nacionais e internacionais e os aeroportos foram militarizados.
O exercito vem agindo com extremo rigor e perversidade contra a população que vive um caos social e militar. Ocorrem frequentemente no país golpes, maltratos, detenção, torturas e ataques às instituições de imprensa, de direitos humanos, sindicatos, professores, ativistas camponeses, feministas e outros.
Criou-se em toda a sociedade de Honduras um clima de tensão, pois, quem reagir ao governo golpista corre o risco de prisão. Um estádio de futebol chegou a ser transformado em presídio.
Frei Óscar Vasquez OP, em sua carta pede socorro aos irmãos e irmãs na fé, convidando para que a Igreja se manifeste em solidariedade ao povo de Honduras. Pede que a Hierarquia da Igreja, os institutos, as ordens e congregações religiosas ajudem a pressionar em favor da liberdade e democracia para o povo de Honduras. Frei Óscar afirma que a Igreja de Honduras não está sendo indiferente e, sim, solidária com seu povo e pede aos organismos, comissões de justiça e paz da sua Ordem e de outras instituições, que tomem posição em defesa dos Direitos Humanos em Honduras.
Uma comissão religiosa mista esteve visitando Honduras nestes dias e se encontra
Leia na íntegra, em Espanhol, a carta de Frei Óscar Vasquez OP.
Manifestação do SEJUPE sobre a situação de Honduras
A equipe do SEJUPE – Serviço de Justiça, Paz e Ecologia – dos Frades Capuchinhos do Rio Grande do Sul agradece a atenção, o apoio, e pede ajuda para a divulgação deste comunicado, para que se constitua uma rede de solidariedade para com o povo de Honduras. Neste momento, como franciscanos e cristãos, não podemos nos omitir.
Talvez seja conflitiva e contraditória a situação da Igreja Católica em Honduras, pelo fato de, no mês de julho, ter se manifestado pedindo a Zelaya que não retornasse ao país. Hoje pode estar sendo difícil para a hierarquia da Igreja atuar na mediação do conflito. No entanto, os fiéis, lideranças e instituições da Igreja, podem e devem agir de forma profética em defesa da dignidade, dos direitos e liberdade do povo de Honduras.
Apesar de, infelizmente, ter admitido a legalidade do golpe, a Igreja desde o início defendeu o dialogo como saída para a crise. Vale recordar também que o bispo da Diocese de Copán, Honduras, Luis Alfonso Santos, desde o início discordou da posição oficial da Conferência Episcopal de Honduras. O bispo disse “repudiar a substância, a forma e o estilo com que se impôs ao povo um novo chefe do Poder Executivo”.
Este é o momento para a Igreja de Honduras e de todo o continente, testemunhar a fé
Assim como é grande a responsabilidade do Estado Brasileiro frente à crise de Honduras, também é enorme nosso compromisso como sociedade e, de modo especial, como Igreja. Portanto, não podemos nos omitir.
É neste momento que sabemos quem está a favor da liberdade, da justiça, da paz e da democracia.
Paz e Bem!
Serviço de Justiça, Paz e Ecologia – SEJUPE – da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul.
Um comentário:
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Parabéns pelo blog.
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