terça-feira, 30 de junho de 2009

Pastoral da Ecologia promove quatro oficinas no Mutirão de Comunicação


Pastoral da Ecologia no Mutirão de Comunicação da América Latina e Caribe

PUC/RS – Porto Alegre – 12 a 17 de julho de 2009


Tema: A transversalidade da Ecologia na Igreja (na evangelização) e os desafios sócioambientais que se impõe para a comunicação solidária


Oficinas promovidas pela Pastoral da Ecologia no Mutirão de Comunicação

(entre os dias 13 a 16 de julho de 2009)


Todas as oficinas da Pastoral da Ecologia ocorrerão na sala 614

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  • Segunda-feira, dia 13 de julho – (1ª oficina)

Tema (ou assunto) para oficina: Conhecendo o Aqüífero Guarani

Justificativa: A Igreja no regional Sul 3 da CNBB assumiu a dimensão do cuidado da vida como uma das prioridades de sua ação evangelizadora. E, cientes de que o tema da água é muito pertinente para os nossos dias e promete marcar profundamente o futuro, a Igreja quer dar a sua contribuição no conhecimento e preservação das águas. Temos em nosso território uma enorme riqueza de água, que é o Aqüífero Guarani. É uma reserva de água que está localizada em terras de 4 países do Mercosul. É importante que a população que vive nesta região conheça o Aqüífero Guarani, saiba da sua importância e realidade. É preciso estudar o tema, promover o conhecimento sobre o aqüífero, para que haja um maior comprometimento com a sua defesa e preservação.

Coordenador da Oficina: Pilato Pereira

Endereço: Conquista da Fronteira s/n° (interior) – Caixa Postal: 13 – Hulha Negra – RS

E-mail: freipilato@gmail.com

Cel.: 53 99459373

Assessor da Oficina: João Hélio Pes – UNIFRA

Secretários: Natália Soares e Gilmar Araújo

Tempo previsto para a realização da oficina: 14 às 18 horas

Nome de quem indicou a oficina:

Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3

Endereço: Av. Cristóvão Colombo, 149 – Porto Alegre – RS

E-mail: pastoraldaecologia.rs@gmail.com


  • Terça-feira, dia 14de julho – (2ª oficina)

Tema (ou assunto) para oficina: A Crise ecológica e a promoção da Justiça, Paz e Ecologia

Justificativa: Não é novidade para ninguém que hoje a humanidade vive uma crise ecológica. Esta realidade de crise deve ser compreendida na perspectiva de mudança para um modo de vida em sociedade que altere o atual quadro e promova a sustentabilidade. Constata-se que o modelo de sociedade que causa o desequilíbrio ambiental, é também o mesmo sistema que causa as guerras, os conflitos e a fome no mundo. É preciso lutar por um outro mundo possível, neste planeta. E cada vez mais se tem a certeza de que é preciso unir todos os esforços para construir um mundo melhor, uma sociedade justa, fraterna e sustentável. A promoção da justiça e da paz está profundamente ligada com a causa ambiental.

Coordenador da Oficina: Irmão Antônio Cechin

Endereço: Coronel Vicente 444

E-mail: cechin@portoweb.com.br

Telefone: 51 32219021

Assessores da Oficina: Frei Sérgio Görgen e Frei Wilsono Dalagnol

Secretários: Pedro Figueiredo e Maira Costa

Tempo previsto para a realização da oficina: 15 às 18 horas

Nome de quem indicou a oficina:

Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3

Endereço: Av. Cristóvão Colombo, 149 – Porto Alegre – RS

E-mail: pastoraldaecologia.rs@gmail.com


  • Quarta-feira, dia 15 de julho – (3ª oficina)

Tema (ou assunto) para oficina: Bíblia e Ecologia – Por uma espiritualidade Cristã Ecológica

Justificativa: enfrentar os desafios socioambientais do nosso tempo requer uma contribuição da fé cristã, a fé no Deus da criação. Nossa ação em defesa da vida não pode ser movida pelo medo das catástrofes, mas pelo amor aos pobres e a natureza e toda a criação de Deus. Precisamos beber nas fontes das Sagradas Escrituras, na Palavra criadora de Deus e nos fortalecer com uma espiritualidade ecológica para dar nossa contribuição nas lutas pela defesa e preservação da vida.

Coordenadora da Oficina: Natália Soares

Endereço: Jardim Fiúza – Viamão – RS

E-mail: nataliasorny@ig.com.br

Telefone: 51 34857263 – Cel.: 51 98995706

Assessores da Oficina: Pastor Hélio – CEBI e Frei Aldir Crócoli – ESTEF

Secretários: Adoli Wismeili Barro e Gilmar Araujo

Tempo previsto para a realização da oficina: 14 às 18 horas

Nome de quem indicou a oficina:

Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3

Endereço: Av. Cristóvão Colombo, 149 – Porto Alegre – RS

E-mail: pastoraldaecologia.rs@gmail.com


  • Quinta-feira, dia 16 de julho – (4ª oficina)

Tema (ou assunto) para oficina: A Transversalidade da Ecologia na Igreja

Justificativa: A Ecologia na Igreja é tema garantido para uma pastoral específica, mas precisa ser amplamente trabalhado em todas as dimensões da vida e missão da Igreja. A Ecologia, tanto para as igrejas como para sociedade, deve ser um tema transversal. No Rio Grande do Sul temos uma caminhada de alguns anos de experiências de implementação da Pastoral da Ecologia, como uma pastoral específica, com ações específicas, mas com a missão de despertar o conjunto da Igreja para a questão ambiental.

Coordenadora da Oficina: Adoli Wismeili Barro

Endereço: Edgar Fritz Miller, 332 – Canoas – RS

E-mail: adoli@ctspapeis.com.br

Cel.: 51 99183339

Assessores da Oficina: Irmão Antônio Cechin, Padre Eduardo e Equipe de Coordenação da Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3.

Secretários: Pedro Figueirredo e Maira Costa

Tempo previsto para a realização da oficina: 14 às 18 horas

Nome de quem indicou a oficina:

Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3

Endereço: Av. Cristóvão Colombo, 149 – Porto Alegre – RS

E-mail: pastoraldaecologia.rs@gmail.com


Para ver a relação de todas as oficinas do Mutirão: http://www.muticom.org/oficinas.php

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pacto entre ecologia e agricultura familiar no RS


O ministro Carlos Minc anunciou, nesta quinta-feira(25), o lançamento de um texto subscrito por representantes da agricultura familiar, como Contag, Fetraf, CUT e MPA, que servirá de base para um grande acordo entre a ecologia e a agricultura familiar. O documento, que também foi ratificado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, "será a base de um pacto mais amplo, com o objetivo de estender as diretrizes ao agronegócio", disse o ministro em audiência pública realizada na Assembléia Legislativa de Porto Alegre.

A base do texto traz critérios já previstos em lei com o objetivo de facilitar a vida do agricultor familiar, sobretudo em relação à averbação de terra, ou seja, o registro da área de reserva legal, que, com o pacto, poderá se somar à área de preservação permanente (APP). No entanto, segundo Minc, a exigência de georeferenciamento para a APP ainda é um entrave na vida do agricultor pelo alto custo, mas com a proposta passará a ser gratuito e auto-declaratório. Os agricultores familiares ainda poderão plantar frutíferas em áreas de recomposição para aumentar a renda. "Esse acordo mostra que ambientalistas e agricultores familiares não precisam ser inimigos, pelo contrário, podem ser aliados", disse Minc.

Sobre o Código Florestal, o ministro afirmou que a revisão da lei federal será feita por biomas, considerando as adequações e flexibilizações necessárias em cada ecossistema, e que as "leis estaduais podem vir a complementá-la ou serem mais rigorosas, mas nunca contrariá-la ou afrouxar as defesas", alertou.

Participaram da audiência o presidente da Assembléia, deputado Ivar Pavan, o secretário de estado do meio ambiente, Berfran Rosado, parlamentares das comissões de agricultura e representantes de entidades da agricultura familiar do estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: MMA - Melissa Freitas

http://www.guiadigital.info/index.php?not=1&pesq_not=1&mostra=8398

terça-feira, 23 de junho de 2009

Programa Vida no Sul retorna na TV APARECIDA

Companheiros e companheiras!

O programa Vida no Sul, depois de um breve intervalo, retorna. Agora aos sábados às 22hs 45min na TV APARECIDA. O programa tem como objetivo divulgar as diversas culturas do Sul Latino Americano através de temáticas culturais, musicais, históricas e sócio ambientais.

Esperamos todos e todas, ajudem a divulgar este programa!

Até lá!

Canais:

Região Metropolitana , Grandes cidades, sinal aberto: 59

SKY – canal 24

TV a Cabo:12

Parabólica: 30

Instituto Cultural Padre Josimo

Av. Farrapos, 88. 2 andar. Bairro Floresta. Porto Alegre- RS 90220-000

51 3228 8107

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Amazônia: peça o veto à grilagem


A Amazônia está ameaçada! A medida provisória da regularização fundiária, também conhecida como MP da grilagem, aprovada pelo Congresso Nacional, vai regularizar áreas ilegalmente ocupadas na Amazônia.
Clique no linque abaixo e participe:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?20160/Amaznia-pea-o-veto--grilagem

Amazônia: peça o veto à grilagem

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Parabéns Irmão Antônio Cechin - "O Irmão dos Pobres"


Eu queria passar o tempo
brincando com as flores,
com os pássaros, com as crianças...
Mas preciso brigar com os homens
que produzem a fome
e matam as esperanças.




Uma singela e carinhosa homenagem ao aniversariante de hoje, dia 17 de junho, Irmão Antônio Cechin.
Segue um pouco da biografia, extraído do livro "O Irmão dos Pobres"
Antônio Cechin nasceu em 17 de junho de 1927, na cidade de Santa Maria - RS. Ingressou no Juvenato dos Irmãos Maristas em 25 de janeiro de 1937, com 10 anos incompletos. Aos 16 anos, em 24 de janeiro de 1944, emitiu os votos temporários, tornando-se Irmão Marista. Em 14 de janeiro de 1949, aos 21 anos de idade, emitiu os votos solenes, definitivos.
Formado em Letras Clássicas e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, também foi professor e diretor em colégios da Congregação Marista. Trabalhou como secretário da Faculdade de Filosofia da PUC-RS. Estudou Catequese e Economia em Paris e trabalhou em Roma na Sagrada Congregação dos Ritos, que cuida da Liturgia e da causa dos santos. Foi o primeiro coordenador do setor de Catequese da CNBB Sul, que abrangia Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atuou na Ação Católica, especialmente na JEC. Em consequência de seu comprometimento com a liberdade e a vida, foi perseguido, preso e torturado pela ditadura militar, como preso político, em 1968 e 1972.
Conforme diz o Irmão Benício, seu mano e também marista, a Catequese “foi sua grande paixão”. Com sua irmã Matilde criou as Fichas Catequéticas, protagonizando uma Catequese Libertadora. Em 1968, colaborou com importante reflexão sobre o tema da Catequese na Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, em Medellín.
No início da década de 70, Irmão Antônio foi pioneiro, entre religiosos, na inserção junto aos pobres na periferia de Canoas, onde nasceram Comunidades Eclesiais de Base. E suas experiências de pastoral servem de base para a Teologia da Libertação. Ajudou a criar o Centro de Orientação Missionária (COM), bem como o CEBI e o CECA, a CPT e o MST. Buscou na experiência de Sepé Tiarajú e no povo Guarani uma mística de luta para os movimentos sociais e populares e também colaborou com a criação do Partido dos Trabalhadores. Em Porto Alegre, atuou como Administrador (Subprefeito) das Ilhas do Guaíba, durante o Governo municipal de Olívio Dutra, quando nasceu o Orçamento Participativo.
Irmão Antônio começou a trabalhar nas Ilhas do Guaíba, no Delta do Jacuí, quando se aproximava dos 60 anos de idade. Agora, já passando dos 80 anos, segue servindo aos pobres que vivem nas margens do imenso lago Guaíba, que é um centro da vida e lugar de encontro das águas. Os pobres que ali vivem são colocados no centro e incluídos graças ao seu trabalho. Com sua presença solidária e fraterna junto aos pobres das Ilhas, organizando os catadores de “lixo”, emerge das águas do Guaíba uma mística de luta ecológica. E nasce a Devoção a Nossa Senhora das Águas, a Romaria das Águas e a Pastoral da Ecologia.
Quando, em outubro de 2006, ocorreu o episódio da mortandade de peixes no Rio dos Sinos, no local conhecido como Pesqueiro, em Sapucaia do Sul, Irmão Antônio logo atinou para a possibilidade de a Romaria da Terra ser realizada nesse lugar. E lá nos encontramos para celebrar a vida, que é dom de Deus e que muitas vezes sofre ameaças da ambição humana.
A Romaria da Terra, nesse lugar indicado por Irmão Antônio, é um marco de denúncia da crise ecológica e um ato de compromisso com a preservação da vida. A Romaria que defende os direitos e a dignidade dos pobres da terra, também faz ecoar o grito das águas e de toda a criação de Deus.
Irmão Antônio Cechin, o Irmão dos pobres, é um Moisés do nosso tempo. Empenhou sua vida em favor dos empobrecidos. Caminhou ao encontro dos excluídos pelo sistema de ganância. E os colocou de volta a caminho como Povo de Deus, num novo modo vida, baseado na solidariedade, no amor e na justiça do Reino que Jesus anunciou.


Tive a graça de poder contar esta história no livro "O Irmão dos Pobres", editado pela ESTEF. No blog tem um link sonre o livro.


9º Curso Ecumênico de Pastoral Popular

9º Curso Ecumênico de Pastoral Popular
11 a 14 de junho de 2009, Esteio – RS


Na sua nona edição, o fórum ecumênico composto por o CECA, AEC, CEBI/RS, CPT, Cáritas RS, CONIC/RS, e com a colaboração da Rede Ecumênica da Juventude – Sul realizou nos dias 11 a 14 de junho o curso ecumênico, que antes era realizado nos verões de janeiro e que foi transferido por motivos das atividades do Fórum Social Mundial.

O encontro reuniu mais de 80 participantes de todos os cantos do sul do país, e com grande presença das mulheres e jovens de nossas igrejas. Tudo girou em torno da temática: Desenvolvimento Sustentável na Trilha da Esperança. Tendo como temas transversais: Meio Ambiente, Políticas Públicas e Participação Cidadã.

Houve muito entusiasmo e participação de todos e todas ali presentes, nossas liturgias que foram todas celebradas tendo como simbologia os quatro elementos: TERRA, ÁGUA, AR E FOGO. Propondo um exercício de se olhar de onde todos nós estamos e o que fazemos em prol ou não de nosso planeta.

Como fazer presente Deus em nossas vidas de forma participativa e popular em nossos dias? De que forma podemos fazer o reino de Deus em meio a este sistema que hoje rege sobre nós? Isto tudo foi debatido em nosso encontro, onde assessorado por pessoas de grande vivência e experiência nos âmbitos que ali se apresentava em discussão e reflexão!

Nós da Rede Ecumênica da Juventude marcamos nossa presença. Teríamos mais coisas para partilhar com todos vocês, mas convido a que dêem uma olhada no sitio (site) do CECA: http://www.ceca-rs.org/ , que possui todos os textos refletidos nos quatro dias de curso.
Façamos um outro mundo possível!!
Um grande abraço a todos e todas!

Michel Nantes
Facilitador Regional da Rede Ecumênica da Juventude - Sul

domingo, 14 de junho de 2009

Adeus a Frei Rovílio Costa

Frei Rovílio, editor e escritor, um verdadeiro servo da Literatura.

Faleceu neste sábado, 13/06, o Frei Rovílio Costa, aos 74 anos. está sendo Velado na capela do convento dos Capucchinhos, Rua Paulino Chaves, 291, Bairro Santo Antônio, Porto alegre). A missa ocorre amanhã, às 10h, na Igreja Santo Antônio (Rua Luiz de Camões, 35, Bairro Partenon), seguida do enterro no cemitério do Convento dos Capuchinhos.

Ele se destacou como editor e escritor. Lecionou na Faculdade de Educação da UFRGS e foi diretor e professor da Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, de Porto Alegre. No campo da literatura, recebeu diversas distinções: Medalha Simões Lopes Neto, Amigo do Livro, Prêmio Literário Érico Veríssimo, Prêmio Ilha de Laytano, Comenda Negrinho do Pastoreio e Comenda Dante de Laytano. publicou por meio do selo editorial EST mais de 2 mil títulos que recontam a história da imigração italiana (a sua própria origem), a da alemã, judaica e da escravidão negra.

Atuou também na Penitenciária Estadual do Jacuí e no Presídio Central de Porto Alegre como coordenador de grupos, organizador de atividades sociais, religiosas e culturais. Além disso, Rovílio foi patrono da 51ª Feira do Livro de Porto Alegre.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um ano de “Olhar Ecológico”

Na semana do Meio Ambiente de 2008 foi lançado o blog “Olhar Ecológico”, que acaba de completar seu primeiro aniversário. O blog foi criado em abril de 2008. E no dia 29 daquele mês teve a primeira postagem, com o título “O outro lado do papel”. E seguiu com algumas postagens em caráter experimental até o dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, quando foi oficialmente lançado.


Ao longo deste ano, até 5 de junho de 2009 foram 74 postagens. Um número considerado pequeno para um blog. Pois, geralmente os blogs recebem postagens diárias, mas optei por seguir um ritmo mais lento, com textos para reflexão e debates, mais formativo do que informativo.

Como editor do Blog “Olhar Ecológico”, quero agradecer aos leitores e a todos e todas que acompanharem esta caminhada. Sou muito grato com as pessoas que manifestaram sua opinião e participaram com sugestões e criticas através de e-mails e comentários, ajudando-me aprender a olhar o mundo numa ótica mais ecológica, como é a proposta do blog.


Como diz a apresentação do blog: “Um olhar ecológico vê o ambiente inteiro, as interações do ser humano com o Meio Ambiente, os animais, as plantas e todas as formas de vida. Precisamos olhar a Política, a Economia, a Religião, a Sociedade e as mais diversas áreas da ação e do conhecimento humano numa ótica ecológica.” Criei o blog com este objetivo; exercitar o olhar ecológico e aprender a ver o mundo e a vida na Terra numa ótica ecológica.


Acredito que todos e todas precisamos exercitar o olhar ecológico, aprender a ver a realidade numa ótica, mais que holística, ecológica.


Obrigado por você fazer parte desta caminhada no “Olhar Ecológico”.

domingo, 7 de junho de 2009

Nota pública contra o desmonte da política ambiental brasileira

Na semana mundial do Meio Ambiente e depois da aprovação no Senado da MP 458 <http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2894> , que abre portas à legalização da grilagem e à concentração de terras, entidades ambientalistas e movimentos sociais divulgam nota pública contra os rumos que a política ambiental brasileira está tomando. Veja o documento abaixo.

Nota pública contra o desmonte da política ambiental brasileira

05 Jun 2009
As organizações da sociedade civil abaixo assinadas vêm a público manifestar, durante a semana do meio ambiente, sua extrema preocupação com os rumos da política socioambiental brasileira e afirmar, com pesar, que esta não é uma ocasião para se comemorar.

É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas.

Recentes medidas dos poderes Executivo e Legislativo, já aprovadas ou em processo de aprovação, demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável.

1. Já em novembro de 2008 o Governo Federal cedeu pela primeira vez à pressão do lobby da insustentabilidade ao modificar o decreto que exigia o cumprimento da legislação florestal (Decreto 6514/08) menos de cinco meses após sua edição.

2. Pouco mais de um mês depois, revogou uma legislação da década de 1990 que protegia as cavernas brasileiras para colocar em seu lugar um decreto que põe em risco a maior parte de nosso patrimônio espeleológico. A justificativa foi que a proteção das cavernas, que são bens públicos, vinha impedindo o desenvolvimento de atividades econômicas como mineração e hidrelétricas.

3. Com a chegada da crise econômica mundial, ao mesmo tempo em que contingenciava grande parte do já decadente orçamento do Ministério do Meio Ambiente (hoje menor do que 1% do orçamento federal), o governo baixava impostos para a produção de veículos automotores. Fazia isso sem qualquer exigência de melhora nos padrões de consumo de combustível ou apoio equivalente ao desenvolvimento do transporte público, indo na contramão da história e contradizendo o anúncio feito meses antes de que nosso País adotaria um plano nacional de redução de emissões de gases de efeito estufa.

4. Em fevereiro deste ano uma das medidas mais graves veio à tona: a MP 458 que, a título de regularizar as posses de pequenos agricultores ocupantes de terras públicas federais na Amazônia, abriu a possibilidade de se legalizar a situação de uma grande quantidade de grileiros, incentivando, assim, o assalto ao patrimônio público, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal. Ontem (03/06) a MP 458 foi aprovada pelo Senado Federal.

5. Enquanto essa medida era discutida - e piorada - na Câmara dos Deputados, uma outra MP (452) trouxe, de contrabando, uma regra que acaba com o licenciamento ambiental para ampliação ou revitalização de rodovias, destruindo um dos principais instrumentos da política ambiental brasileira e feita sob medida para se possibilitar abrir a BR 319 no coração da floresta amazônica, com motivos por motivos político-eleitorais. Essa MP caiu por decurso de prazo, mas a intenção por trás dela é a mesma que guia a crescente politização dos licenciamentos ambientais de grandes obras a cargo do Ibama, cuja diretoria reiteradamente vem desconhecendo os pareceres técnicos que recomendam a não concessão de licenças para determinados empreendimentos.

6. Diante desse clima de desmonte da legislação ambiental, a bancada ruralista do Congresso Nacional, com o apoio explícito do Ministro da Agricultura, se animou a propor a revogação tácita do Código Florestal, pressionando pela diminuição da reserva legal na Amazônia e pela anistia a todas as ocupações ilegais em áreas de preservação permanente. Essa movimentação já gerou o seu primeiro produto: a aprovação do chamado Código Ambiental de Santa Catarina, que diminui a proteção às florestas que preservam os rios e encostas, justamente as que, se estivessem conservadas, poderiam ter evitado parte significativa da catástrofe ocorrida no Vale do Itajaí no final do ano passado.

7. A última medida aprovada nesse sentido foi o Decreto 6848, que, ao estipular um teto para a compensação ambiental de grandes empreendimentos, contraria decisão do Supremo Tribunal Federal, que vincula o pagamento ao grau dos impactos ambientais, e rasga um dos pontos principais da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, assinada pelo País em 1992, e que determina que aquele que causa a degradação deve ser responsável, integralmente, pelos custos sociais dela derivados (princípio do poluidor-pagador). Agora, independentemente do prejuízo imposto à sociedade, o empreendedor não terá que desembolsar mais do que 0,5% do valor da obra, o que desincentiva a adoção de tecnologias mais limpas, porém mais caras.

8. Não fosse pouco, há um ano não são criadas unidades de conservação, e várias propostas de criação, apesar de prontas e justificadas na sua importância ecológica e social, se encontram paralisadas na Casa Civil por supostamente interferirem em futuras obras de infra-estrutura, como é o caso das RESEX Renascer (PA), Montanha-Mangabal (PA), do Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR/AM), do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi (PR) e do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas (SC/RS).

Diante de tudo isso, e de outras propostas em gestação, não podemos ficar calados, e muito menos comemorar.

Esse conjunto de medidas, se não for revertido, jogará por terra os tênues esforços dos últimos anos para tirar o País do caminho da insustentabilidade e da dilapidação dos recursos naturais em prol de um crescimento econômico ilusório e imediatista, que não considera a necessidade de se manter as bases para que ele possa efetivamente gerar bem-estar e se perpetuar no tempo.

Queremos andar para frente, e não para trás. Há um conjunto de iniciativas importantes, que poderiam efetivamente introduzir a variável ambiental em nosso modelo de desenvolvimento, mas que não recebem a devida prioridade política, seja por parte do Executivo ou do Legislativo federal.

Há anos aguarda votação pela Câmara dos Deputados o projeto do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) Verde, que premia financeiramente os estados que possuam unidades de conservação ou terras indígenas. Nessa mesma fila estão dezenas de outros projetos, como o que institui a possibilidade de incentivo fiscal a projetos ambientais, o que cria o marco legal para as fontes de energia alternativa, o que cria um sistema de pagamento por serviços ambientais, dentre tantos que poderiam fazer a diferença, mas que ficam obscurecidos entre uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e outra. E enquanto o BNDES ainda tem em sua carteira preferencial os tradicionais projetos de grande impacto ambiental, os pequenos projetos sustentáveis não têm a mesma facilidade e os bancos públicos não conseguem implementar sequer uma linha de crédito facilitada para recuperação ambiental em imóveis rurais.

Nesse dia 5 de junho, dia do meio ambiente, convocamos todos os cidadãos brasileiros a refletirem sobre as opções que estão sendo tomadas por nossas autoridades nesse momento, e para se manifestarem veementemente contra o retrocesso na política ambiental e a favor de um desenvolvimento justo e responsável.

Brasil, 04 de junho de 2009

Assinam:
Amigos da Terra / Amazônia Brasileira
Associação Movimento Ecológico Carijós – AMECA
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – APREMAVI
Conservação Internacional Brasil
Fundação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional – FASE
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento –
FBOMS
Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e Entorno
Greenpeace
Grupo Ambiental da Bahia – GAMBA
Grupo Pau Campeche
Grupo de Trabalho Amazônico – GTA
I.E.S/SP
Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB/MS
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM
Instituto Socioambiental – ISA
Instituto Terra Azul
Mater Natura
Mira-Serra/RS
Movimento de Olho na Justiça – MOJUS
Rede de ONGs da Mata Atlântica
Sociedade Brasileira de Espeleologia
The Nature Conservancy – TNC
Via Campesina Brasil
WWF Brasil

http://www.wwf.org.br/?20040/Nota-pblica-contra-o-desmonte-da-poltica-ambiental-brasileira

9° Curso Ecumênico de Pastoral Popular


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA TRILHA DA ESPERANÇA

O atual cenário mundial nos levar a perguntar quais os caminhos que poderiam nos conduzir para um desenvolvimento sustentável, capaz de garantir a sobrevivência do planeta e a dignidade das pessoas. Por esse motivo, o tema do 9° Curso Ecumênico de Pastoral Popular é DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA TRILHA DA ESPERANÇA.

É importante destacar que o 9º CEPP antecederá a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, cujo tema será Economia e Vida.

Nesse sentido, o Curso Ecumênico será uma ante-sala da campanha, motivando e desafiando as pastorais e grupos eclesiais a identificar na economia um espaço concreto de profecia.

Objetivos:
  • Analisar a atual conjuntura econômica, política e religiosa;
  • Analisar os atuais modelos de desenvolvimento e identificar os principios que apontam para formas sustentáveis de desenvolvimento;
  • Ser um espaço de motivação para a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010;
  • Partilhar experiências e articular propostas alternativas;
  • Celebrar a caminhada e conquistas comuns;
  • Despertar lideranças numa perspectiva e compromissos ecumênicos.
Data: 11 a 14 de junho de 2009 Local: Casa de Formação Sagrado Coração de Jesus - Esteio/RS Taxa de inscrição: R$ 50,00 (inclui alimentação e hospedagem) Forma de Pagamento: Deposito bancario no Banco do Brasil, agencia 0185-6 C/C 4624-8 - CECA. Enviar comprovante via fax, com identificação, para 51 3568 2548 ou pelo correio para Cx. Postal 1075 - CEP 93212-970 - São Leopoldo/RS. Assessores (clique no nome para ler o currículo):
Promoção: AEC-RS / CÁRITAS - RS / CEBI - RS / CECA / CONIC - RS / CPT - RS

Site do CECA-RS: www.ceca-rs.org

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Dia Mundial do Meio Ambiente em 2009


Foi no ano 1972, em Estocolmo, na Suécia, no seu primeiro encontro mundial sobre meio ambiente, que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de junho como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, o Dia da Ecologia. Naquele momento também foi criado o UNEP (PNUMA) Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. E se confirmou que o meio ambiente deve estar no centro das preocupações da humanidade, e que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico.


Agora, depois de 37 anos, em 2009, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, devemos nos perguntar se, de fato, o meio ambiente está no centro de nossas preocupações. E a resposta deve vir das ações cotidianas das pessoas, dos empreendimentos das empresas e das políticas dos governos. Será que, a partir de 1972, o meio ambiente ganhou centralidade em nossas decisões, em nossos pensamentos e ações?


Não há dúvida de que a questão ecológica ganhou espaço na mídia, nas escolas, nas conversas cotidianas, nos movimentos sociais, partidos de várias tendências, nas pastorais, nas universidades e em vários lugares e espaços da vida social. O meio ambiente ganhou o discurso da nossa geração, virou tema propício para nossas conversas. Agora, porém, cabe-nos uma autocrítica. Neste período em que progredimos tanto na maneira de ver a questão ambiental, evoluímos no debate e alargamos os espaços de ocupação das temáticas ambientais, precisamos interrogar nossas ações e avaliar os resultados das nossas decisões sobre o meio ambiente.


Com tanto debate que a ecologia nos proporcionou, será que realmente mudamos a maneira de pensar e ver a vida? Mudamos nossas arcaicas concepções sobre a natureza, sobre as pessoas e as mais diversas formas de vida? Estamos preocupados. Sim! Mas, estamos decididos a mudar o padrão de consumo, por exemplo? Aprendemos a usar os recursos naturais de forma sustentável? Ainda mantemos nossa ganância, o luxo, a opção pelas facilidades a todo custo, sem nos perguntarmos sobre a capacidade sustentável do planeta e sobre as necessidades das outras pessoas e de outros povos?


Já no primeiro encontro da ONU sobre meio ambiente, acima referido, se confirmou que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico. E, hoje, onde estão esses valores e princípios? Se eles existem, então, devem estar movendo nossas ações. A ecologia nos abre os horizontes, nos faz ver a realidade socioambiental, nos interpela para a ação, mas questiona e ilumina nosso agir. Não basta simplesmente agir, é preciso mudar, transformar de dentro para fora.


Como diz o teólogo Leonardo Boff, é preciso mudar nosso paradigma. Ou seja, precisamos mudar a matriz do nosso modelo de sociedade, das nossas concepções, valores, pensamentos, conceitos. Uma mudança de vida para preservar a Terra e tudo o que vive nela, requer uma mudança profunda no ser humano. Em relação a muitas coisas, até podemos fazer opções e tomar atitudes sustentadas por campanhas publicitárias. Mas, as nossas ações ecológicas precisam ser sustentáveis, precisam ser amparadas por valores e princípios fundamentais e profundos. Nosso agir ecológico deve ser consistente, não pode ser descartável e precisa consistir e evoluir de geração em geração.


No Dia Mundial do Meio Ambiente de 2009, após 37 anos de a data ser proclamada, temos algo importante a fazer. Como humanidade, precisamos olhar nossa trajetória e, pensando no futuro, nos perguntar sobre quais os valores e princípios que estamos assumindo e incorporando na nossa vida, e que podem garantir o equilíbrio ecológico da Terra. Precisamos conferir se meio ambiente, de fato, ganhou a necessária centralidade. A questão é esta. No centro de nossas decisões e de nosso agir está a integridade da vida ou a mesquinhez do lucro, do luxo e do consumismo?


Precisamos pensar bem e agir bem, pois, a vida sente os reflexos de nossas ações e decisões. Um relatório divulgado pelo Fórum Humanitário Global no último dia 29 de maio, diz que “a mudança climática mata cerca de 320 mil pessoas por ano, de fome, doenças ou desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil até 2030”. E para os que só pensam no lucro e em nome do crescimento econômico degradam o meio ambiente, é importante lembrar que os prejuízos causados pela mudança climática já superam os 125 bilhões de dólares ao ano. E este valor é mais do que a ajuda dos países ricos para os pobres.


Que o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia, nos faça pensar e agir. E também nos ajude a mudar o modo de pensar e agir. Pensar sem agir é anular o pensamento e agir sem pensar é a pura prepotência de achar que se está fazendo tudo certo.


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