sábado, 29 de agosto de 2009

Dia Nacional de Combate ao Fumo


O Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no dia 29 de agosto e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais ocasionados pelo tabaco.

Neste ano, foi escolhido o tema “Ambientes 100% Livres de Fumo: um direito de todos”. E o lema: “Quem não fuma, não é obrigado a fumar”.

Instituída a mais de vinte anos, a data procura sensibilizar e mobilizar a população brasileira para os danos ocasionados pelo tabaco.

No Brasil, existe uma lei que proíbe o fumo em ambientes coletivos, mas ainda permite a existência de áreas reservadas para fumantes. A Organização Mundial da Saúde recomenda a proibição total do ato de fumar em ambientes coletivos como a melhor prática para proteger os não fumantes do risco do fumo passivo.

O tabagismo é causador de mais de 50 doenças, entre elas problemas cardíacos, respiratórios e diversos tipos de câncer.

Mais uma vaia para a Brigada Militar


Não bastasse o episódio de São Gabriel, quando a polícia, além de praticar tortura, matou um trabalhador Sem Terra. Agora, a Brigada Militar, a polícia do Estado do Rio Grande do Sul comete outro ato de desagrado que merece outra vai. Em São Gabriel foi algo completamente injustificável. Na verdade, lá foram dois fatos estarrecedores praticados pela Brigada Militar (BM). Teve uma ação de tortura e outra de assassinato cometida por agentes da polícia do Estado. Primeiro, no dia 12 de julho, aconteceu prática de tortura por parte da Brigada Militar numa ação de reintegração de posse da Prefeitura de São Gabriel (RS). Na ação da BM os manifestantes foram encurralados dentro da própria Prefeitura, onde foram golpeados com cacetete, chutes e tapas dos policiais.


Dez dias depois a mesma Brigada Militar, na manhã de 21 de agosto, matou um trabalhador Sem Terra durante uma desocupação na fazenda Southall no mesmo município de São Gabriel. Elton Brum da Silva, um trabalhador de 44 anos, com dois filhos, que sonhava conquistar um pedaço de terra para sua família, foi morto pela polícia com um tiro traiçoeiro e à queima-roupa.


Tendo identificado o autor do tiro, a Brigada Militar não revela esse dado para a população. A polícia que deveria dar bom exemplo, simplesmente esconde seus crimes e seus criminosos. Mas, não adianta tapar o Sol com a peneira. Sabemos que o autor do tiro que matou o trabalhador Elton Brum da Silva pode ter sido um simples soldado, que apenas puxou o gatilho de seus superiores: o comando da Polícia e o Governo do Estado.


Não precisamos saber o nome do policial que matou Elton. Sabemos que se trata de um crime do Estado, do Governo da Yeda Crusius, um crime da Polícia Estatal. É um crime político contra a Democracia e a Humanidade; um ato estúpido que ferre os princípios republicanos. Vamos celebrar o 20 de Setembro, a festa da Revolução Farroupilha, com a bandeira republicana manchada de sangue. E vamos sentir vergonha quando a Brigada Militar desfilar na parada cívica do próximo 20 de setembro.


Pois, além deste fato recente de São Gabriel, a polícia do Rio Grande do Sul nos escandalizou novamente quando prendeu um motorista de ônibus em Canoas. Aconteceu que uma mulher passava mal no ônibus e o motorista preocupado com todos os passageiros buscou o apoio da Brigada Militar. Os policiais simplesmente ignoraram o pedido do motorista que solicitou que levassem a mulher para o hospital. Ele, como um ser humano se indignou com aquele bando de homens sem trabalhar no posto da polícia e que não quiseram socorrer uma pessoa sofrendo convulsões.


O condutor do ônibus, um trabalhador que sabe que é seu suor que sustenta a polícia, falou com voz de indignação e revolta por tudo aquilo que estava acontecendo. Mas ele fez a sua parte. Levou a mulher no ônibus para o hospital. Enquanto que a polícia, com homens psicologicamente despreparados, seguiu o ônibus até o hospital. E, de uma maneira brusca, violenta prendeu o motorista como se ele tivesse desacatado a “autoridade”.

Esta tal autoridade da Brigada Militar merece desacato mesmo, merece boas vaias. Vamos sentir muita vergonha e náusea ao ver a polícia gaúcha desfilando com nossa bandeira na festa de 20 de setembro.

Frei Pilato Pereira

domingo, 23 de agosto de 2009

Vitória do NÃO

A vitória do NÃO na Consulta Pública sobre o Pontal do Estaleiro


A Consulta Pública realizada neste domingo, dia 23 de agosto, em Porto Alegre, para decidir sobre edificações no Pontal do Estaleiro, na Orla do Guaíba, contou com a participação de 22.619 votantes, sendo 22.574 válidos, 22 nulos e 23 em branco.


A opção “NÃO” recebeu 18.212 votos (80,7% dos válidos), enquanto o “SIM” recebeu apenas 4.362 votantes (19,3%).

Confirmação no site da Prefeitura de Porto Alegre.


Na consulta pública, a população respondeu à seguinte pergunta: “Além da atividade comercial já autorizada pela Lei Complementar 470, de 2/1/2002, devem também ser permitidas edificações destinadas à atividade residencial na área da Orla do Guaíba onde se localiza o antigo Estaleiro Só?”.


Parabéns a todos os cidadãos e cidadãs porto-alegrenses que disseram “NÃO”. E a luta continua depois das urnas....


Xote Ecológico - Luiz Gonzaga - Vander



Prezados leitores e prezadas leitoras do Blog Olhar Ecológico, para começarmos a semana num bom ritmo, postei o clipe do Xote Ecológico, de Luiz Gonzaga.
Chico Mendes não sobreviveu, mas ressuscitou na luta e na esperança do povo. Assim como também continua vivo o companheiro Elton Brum da Silva, Sem Terra assassinado pela Brigada Militar no último dia 21 de agosto.
Que o Xote Ecológico, interpretado por Luiz Gonzaga, nos coloque no ritmo da esperança e da luta em defesa da vida.
Boa semana!

sábado, 22 de agosto de 2009

O Domingo do NÃO


Domingo, 23 de agosto é o Dia do NÃO


NÃO deixe de ir à missa ou culto

NÃO deixe de visitar seus amigos...

NÃO deixe de ver o jogo...

NÃO deixe de fazer o bem aos outros

NÃO perca tempo. Faça tudo o que tens para fazer e, se for eleitor de Porto Alegre, NÃO deixe de votar NÃO na Consulta sobre a Orla do Guaíba.

NÃO esqueça de ver o Pôr-do-Sol na Orla do Guaíba. É muito lindo e ninguém pode tirar esse direito que Deus nos deu pela natureza.


A pergunta é:


“Além da atividade comercial já autorizada pela Lei Complementar nº 470, de 02 de janeiro de 2002, devem também ser permitidas edificações destinadas à atividade residencial na área da Orla do Guaíba onde se localiza o antigo Estaleiro Só?”


As respostas disponíveis:
1 – (X) NÃO
2 – ( ) SIM

A votação:
Os eleitores votarão em urnas eletrônicas, no dia 23 de agosto de 2009, das 9h às 17h. Serão 89 locais de votação. A lista completa de endereços, locais de votação está neste blog e outros, nos jornais e no site da Prefeitura de PoA:
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cs/usu_doc/local_de_vota_por_zona.pdf

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Polícia do governo Yeda mata sem terra

Por coincidência ou não, a polícia de um governo corrupto é também mais perigosa e, em vez de representar segurança, causa medo nos cidadãos. Assim tem sido a polícia do governo Yeda no Rio Grande do Sul. Pelo que se sabe este é o governo com a mais acentuada marca de corrupção que o Estado gaúcho teve nos últimos anos. E também carrega consigo a forte marca da violência policial.


O mesmo governo que vem sendo acusado de roubos, agora também é o responsável pela morte de um trabalhador Sem Terra. Sabemos que uma pessoa que pratica roubos vive insegura e pode virar um assassino. Também um governo corrupto, como é o caso do Rio Grande do Sul, acaba perdendo a confiança do povo e busca se fortalecer no autoritarismo e na truculência policial e vira um governo assassino. Quem é capaz de roubar, também pode ser capaz de matar.


Dois fatos recentes marcam a polícia do governo Yeda como torturadora e assassina de trabalhadores Sem Terra. Há poucos dias, o MST denunciou a truculência e a prática de tortura por parte da Brigada Militar numa ação de reintegração de posse da Prefeitura de São Gabriel (RS), ocorrida na tarde do dia 12 de agosto.


Nesta ação da polícia, pelo menos trinta pessoas, entre crianças e adultos, ficaram feridas. Inclusive, muitas tiveram dedos e braços quebrados durante o despejo violento realizado pela Brigada Militar. Todos os Sem Terra, aproximadamente 250 pessoas, foram identificados e humilhados pela polícia. Os manifestantes foram encurralados dentro da própria Prefeitura, onde foram golpeados com cacetete, chutes e tapas dos policiais.


Não passou dez dias e a Brigada Militar, na manhã de 21 de agosto, matou um trabalhador Sem Terra durante uma desocupação na fazenda Southall no mesmo município de São Gabriel. Elton Brum da Silva, um trabalhador de 44 anos, com dois filhos, que sonhava conquistar um pedaço de terra para sua família, foi morto pela polícia com um tiro traiçoeiro e à queima-roupa.


O Sem Terra Silva vivia no sul do Rio Grande e quando o presidente Silva lhe deu esperanças de que ele também poderia compartilhar de uma fatia da “Terra Prometida”, mudou-se para São Gabriel, no coração do latifúndio, onde a terra é farta. Com dor e saudade, mas cheio de esperança, o Sem Terra Silva lutou pela terra. A terra que não herdou, mas que, pelo seu sangue nela derramado, será herança de seus filhos.


Após o lamentável ato da polícia, a governadora toda envergonhada, pede que se faça uma apuração rigorosa sobre a morte do Sem Terra Elton da Silva. Como se não tivéssemos certeza de que foi a própria polícia que tirou a vida daquele trabalhador pobre e desarmado, possuidor apenas do sonho de conquistar e libertar a terra.

Vale lembrar que no Rio Grande do Sul, tem sido comum a violência e o uso da força policial militar para reprimir protestos dos movimentos sociais. Especialmente quando os protestos apontam o dedo na pior ferida do governo Yeda, que é a corrupção.


Quase um ano da data para elegermos um novo governador para nosso Estado, sabemos que este atual governo, da Yeda Crusius do PSDB – aliada com DEM, PP, PMDB e PPS – está sendo um governo marcado pelo que de pior poderia acontecer num estado: corrupção, desvalorização do serviço público e repressão aos movimentos e organizações que sustentam a vida democrática da sociedade. Este governo já roubou e matou. E o que mais podemos esperar se não o seu fim?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nós vamos salvar o Planeta?

Foi justamente nossa prepotência e arrogância, o nosso egoísmo que nos afastou da natureza e uns dos outros, criando desigualdades humanas e destruição ambiental.
por Frei Pilato Pereira

Ultimamente temos recebido enxurradas de convocações para a questão do meio ambiente e a ecologia. Muitas pessoas e instituições estão tomando a iniciativa de, além de fazer algo pelo Planeta, também convocar a cidadania para as ações ecológicas. Que bom que chegamos neste nível de consciência planetária e ecológica. Podemos dizer que, até que em fim, estamos tomando consciência da problemática ambiental. Estamos nos despertando para a necessidade e importância de agir ecologicamente em favor da vida na Terra. Porém, existe algo um tanto quanto assustador nas chamadas ecológicas. Entre as contradições e armadilhas que podemos cair neste momento, uma delas é a ideia de que somos os salvadores da Terra.

Não são poucas as convocações nestes termos: “Vamos salvar o Planeta”. Mas, será que compete a nós seres humanos a missão de salvar a Terra? Será que temos o poder de salvar o Planeta? Somos realmente os salvadores da Terra? Achar que nós humanos somos os salvadores do Planeta Terra, não seria um pensamento meio prepotente? Pois, foi justamente a nossa prepotência que causou toda esta degradação que hoje estamos vendo, sentindo e sofrendo ao redor da Terra. Até parece que pretendemos usar o mesmo veneno maligno que tanto mal nos causou para, agora, fazer o bem.

Foi justamente nossa prepotência e arrogância, o nosso egoísmo que nos afastou da natureza e uns dos outros, criando desigualdades e destruição. Sentimo-nos donos de tudo o que existe no mundo. E além de ser donos das coisas, transformamos a natureza em propriedade. E aos poucos viemos nos apropriando dos bens naturais de forma completamente desigual. Muitos ficaram sem propriedade e também foram transformados em propriedades, sendo escravizados e oprimidos pelas próprias mãos humanas. Este espírito arrogante e dominador foi o que causou os estragos incalculáveis em nossa casa comum que é o Planeta Terra. Chegamos a um ponto extremo da degradação humana e ambiental. E percebemos claramente que é o mesmo sistema prepotente e dominador, o mesmo modelo de sociedade que causa a fome e a miséria humana, os conflitos e guerras entre pessoas e povos e a destruição do meio ambiente.

Acredito que não é questão de querer, pretender salvar o Planeta, mas permitir que a vida prossiga. Como diz o ditado que “muito ajuda quem pouco atrapalha”. Claro que a espécie humana é muito importante para a vida na Terra. Nossa missão não é apenas não atrapalhar, mas também fazer algo e podemos fazer muito. Porém, é preciso que estejamos desarmados de nossa histórica arrogância e prepotência que tanto mal causa à vida no Planeta Terra.

Precisamos ser colaboradores da natureza que tem em si o poder de regeneração. A nossa colaboração é muito importante e a vida conta conosco. Por isso, vamos à luta! Temos muito a contribuir com a natureza, da qual somos parte.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A BELEZA DA ORLA DO GUAÍBA NÃO COMPORTA “ESPIGÕES”

Que a partir de 23 de agosto seja possível continuar a repetir o gesto de Jerônimo de Ornellas, o primeiro habitante do morro Santana, que frequentemente subia o alto do morro e, contemplando lá de cima a paisagem do Delta do Jacuí, dizia: “Eu VI-A-MÃO de Deus”.

A mão de Deus que está representada pelos cinco rios: Jacuí, Caí, Sinos, Gravataí e Taquari. Os cinco rios representam os cinco dedos da mão de Deus.

Leia a seguir o belo texto do Irmão Antônio Cechin, fundador da Pastoral da Ecologia.

A BELEZA DA ORLA DO GUAÍBA NÃO COMPORTA “ESPIGÕES”

Volta e meia ouvimos alguém falar assim: “As praias do Rio Grande do Sul começam em Santa Catarina”. Ou então outros mais sarcásticos - um deles é um notável articulista de jornal - todos os anos, por ocasião da enxurrada dos “hermanos” argentinos rumo ao norte do Mampituba, saem com essa: “As praias de Santa Catarina dão de goleada nas praias do Rio Grande do Sul”. Ledo engano!... A realidade é que nosso Rio Grande tem dois mares, o de dentro, também apelidado de Costa Doce, e o de fora. Santa Catarina só tem um, o de fora.

Um pescador de Tramandaí, provocado pelo estranhamento de um banhista pela linha reta sem reentrância de espécie alguma, em nosso litoral, começando a norte, no Mampituba, limite com Santa Catarina, e se estendendo até o Chuí, na fronteira-sul com o Uruguai, retruca assim

“Famílias da roça, quando realizam o sonho da casa própria, costumam convidar amigos e vizinhos para a “festa da cumieira”. A colocação do telhado significa que a façanha está chegando ao “gran finale”. Aliás o provérbio dos antigos também confirma esse comportamento quando diz: “o coroamento da obra acontece no fim!”. Em bom latim: “finis coronat opus!”

Quem por primeiro assim procedeu, foi o próprio Deus, o supremo arquiteto do universo. Ele fez o mundo em sete dias. O último contorno de praias que criou foi no litoral brasileiro. Um grande mutirão: Deus com os seus anjos.

Na manhã do sexto dia começaram na costa norte da Terra de Santa Cruz, hoje Brasil, com a Amazônia. Vieram descendo rumo ao sul, num capricho só: praias cheias de recortes com enseadas, penínsulas, cabos, golfos, promontórios, baías, montanhas, estuários, etc. etc. Parecia mesmo um artesanato de mulher rendeira à beira d’água. Pelas 12 horas desse último dia de trabalho, tinham chegado à foz do Mampituba, divisa com o nosso Estado.

Deus Pai Criador se voltou então para os anjos e falou: “Vou me recolher ao seio da Trindade a fim de decidir como e quem vamos colocar para habitar a casa que está ficando pronta”. Deixou um “trabalho de casa” para ocupar os anjos: fazer as praias do Rio Grande do Sul que ainda faltavam.

A confabulação entre Pai, Filho e Espírito Santo concluiu que as criaturas humanas – homem e mulher – seriam feitos à “imagem e semelhança” das três divinas pessoas que, de tanto se amarem formam a melhor Comunidade.

Nesse meio tempo, os anjos arregaçaram as mangas e fizeram esse “retão” de praia a contrastar com tudo que haviam feito antes em companhia do Criador do mundo.

Pelo meio da tarde Deus-Pai, depois de ter resolvido com as duas outras divinas pessoas, o jeito que teriam os moradores da Casa Terra, veio para junto de seus anjos para ver o serviço. Quando deparou com a imensa linha reta da costa, o Criador levou um susto.

- “Então toda uma semana em que trabalhamos juntos não foi suficiente para vocês aprenderem?!”

Os anjos ficaram tristes e até um deles ensaiou uma lágrima, mas Deus que é Amor, imediatamente atalhou: “Nada, nada grave! Agora, retomando nosso mutirão, vamos mostrar as maravilhas que somos capazes de fazer no interior do continente. Vamos fazer o mar de dentro.” Falou e imediatamente espalmou a mão sobre o “continente que é o Rio Grande”. A palma da mão divina é o Guaíba. Cada um dos cinco dedos são os cinco rios: Jacuí, Caí, Sinos, Gravataí e Taquari. Isso tudo, naturalmente ao lado de inúmeros arroios, cascatas, lagos, lagunas, a Lagoa dos índios Patos que é a maior da América, etc. etc.

Dizem até que Jerônimo de Ornellas, o primeiro habitante, do alto do morro Santana em que morava, contemplava, lá de cima o Delta do Jacuí e repetia sempre: Eu VI-A-MÃO de Deus. Expressão que depois passou a ser o nome do município lindeiro de Porto Alegre. .

Estava terminada a obra da Criação e a marca de Deus, - sua assinatura – é o Guaíba com os cinco dedos da mão se espraiando Rio Grande acima, em cujas margens vivem os dois terços de toda a população da nossa Terra querida, “defendida por Sepé”.

Será que saberemos preservar, a 23 de agosto, com o primeiro plebiscito de caráter ecológico de nossa história, as maravilhas da natureza com que Deus nos presenteou?...

Por Irmão Antônio Cechin

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Manifesto da Pastoral da Ecologia sobre o projeto de construção na Orla do Guaíba


Manifesto da Pastoral da Ecologia sobre o projeto do Pontal do Estaleiro e a Consulta Pública do dia 23 de agosto de 2009, em Porto Alegre.

“No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31). Pleno de amor e liberdade, durante o tempo que não sabemos calcular – simbolizado em sete dias no relato bíblico – Deus criou a vida, as mais diversas e infinitas formas de vida. E tudo nos foi dado, não para destruirmos, mas para cuidar e preservar.


Deus, o criador, o defensor da vida, continua sua obra criacional, protegendo e libertando a vida de tudo aquilo que possa lhe causar destruição. E para isso, Ele nos chamou a sermos seus companheiros, co-criadores da sua obra.


A história, no entanto, mostra o quanto nós humanos nos enganamos a nós próprios querendo ser os donos do mundo. Mas, Deus não nos deu o título de posse e propriedade do planeta Terra. Ele nos deu muito mais que isso, confiando-nos a missão de cuidar, zelar e preservar o mundo todo e toda a sua riqueza natural para garantir a vida em todas as gerações.


A Bíblia, numa bela poesia, relata que “a terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo... Deus disse: ‘Que exista a luz!’ E a luz começou a existir...” (Gn 1,2-3). E como pode, agora, alguém pretender esconder a luz do Sol em seu poente sobre as águas do Guaíba? Querem, por acaso, ser mais do que Deus que a todos deu a beleza do Pôr-do-Sol?


Deus criou conversando com sua criação, dialogando com sua obra de arte. Ele próprio reconheceu e pronunciou a beleza de cada coisa que criou. E assim, podemos dizer que, quando criou o Pôr-do-Sol do Guaíba, Deus proseava com a bela paisagem que criava, se admirando da beleza e sentindo a alegria de poder doar tal esplendor ao ser humano, a quem também confiou a missão de cuidar.


E agora, sem dialogar com ninguém, sem ao menos pedir licença, aqueles que pensam ser os ‘donos do mundo’ querem se apropriar da Orla do Guaíba, construindo prédios que servem de muros para esconder a paisagem. Querem privatizar a beleza que Deus nos deu. Querem privatizar uma obra de arte pintada pelas mãos de Deus. Mas, nós não vamos deixar.


É uma questão de fé, para nós cristãos, defender a natureza nas suas mais diversas formas de vida e garantir que todos possam ter acesso aos recursos e às paisagens naturais. Não podemos permitir nem nos omitir diante de planos e projetos que ferrem a integridade da criação de Deus. E assim, como Pastoral da Ecologia, nos manifestamos contra as obras da Orla do Guaíba, no Pontal do Estaleiro.


Em acordo com todos os motivos apresentados pela Frente do NÃO, nos motivamos também pela nossa fé. Compreendemos e alertamos que a concretização do projeto em questão, causará danosos impactos ambientais e problemas de acessibilidade da população. E, além de representar a privatização da Orla do Guaíba, o projeto vem sendo encaminhado de maneira não ética. Não podemos permitir tal agressão à vida. E, por motivos de caráter socioambientais e, em nome da fé, entendemos que é preciso dizer NÃO.


Como pastoral de Igreja, nos somamos a luta da sociedade civil, ONGs e Movimentos que se articulam e mobilizam militantes na campanha do voto NÃO na Consulta Pública do dia 23 de agosto, de 2009 em Porto Alegre. E convidamos nossos irmãos e irmãs na fé, nossos companheiros e companheiras de caminhada e todo o povo cristão a testemunhar a fé viva no Deus criador e defensor da vida.

Jesus recomendou no Evangelho: “Diga apenas sim, quando é sim; e não, quando é não” (Mt 5, 37). Agora, portanto, é hora de dizer NÃO.


Confira os locais de votação em nosso blog (www.pastoraldaecologia.blogspot.com), convide seus colegas, amigos e familiares e ajude a fortalecer o NÃO.


E assim, não vamos pecar nem por atos nem por omissão.


Pastoral da Ecologia – CNBB Sul 3 – Rio Grande do Sul

Porto Alegre 16 de agosto de 2009.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pastoral da Ecologia é contra a privatização da Orla do Guaíba

A Pastoral da Ecologia do Rio Grande do Sul é contrária ao projeto de construção na área do antigo Estaleiro Só, na Orla do Guaíba em Porto Alegre. Além de assinar o material de campanha pelo voto NÃO na Consulta Popular do dia 23 de agosto, a Pastoral da Ecologia, que é ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), também mobiliza seus militantes e participa ativamente da campanha.
Nos próximos dias a coordenação da Pastoral deverá divulgar uma nota publica com sua opinião contrária ao projeto de construção de prédios na Orla do Guaíba. Além de dar as razões para o voto NÃO, a equipe da Pastoral quer convidar os militantes da Igreja a se somar na campanha e conclamar o povo cristão e toda a população de Porto Alegre a votar NÃO na Consulta Popular do dia 23 de agosto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia de Santa Clara de Assis

“♫♪ Clara de nome,
clara de alma,
clara flor
do jardim de Deus ♫♪”


Bênção de Santa Clara de Assis
O Senhor vos abençoe e guarde.
Faça replandecer seu rosot sobre vós
Amém!
Volva a vós o seu olhar e vos dê a paz.
Amém!
O Senhor esteja sempre convosco
e que vós também estejas sempre com Ele.
Amém!
Em nome do Pai,
e do Filho
e do Espírito Santo.
Amém!


fonte da imágem: http://blog.cancaonova.com/amigosdoceu/2009/02/04/338/

Clara e Francisco de Assis

domingo, 2 de agosto de 2009

O Olho do Consumidor

Cartilha orienta sobre o alimento orgânico

Produto sem agrotóxico. É assim que o alimento orgânico ficou conhecido pelos consumidores. Mas o produto da agricultura orgânica vai além disso. É fruto de uma produção ecologicamente correta, que cumpre legislação sanitária e enriquece o solo naturalmente. Nessa produção, os direitos dos trabalhadores também são respeitados e há a prática do comércio justo.

Faça o download da Cartilha (pdf) no site Ecologia e Espiritualidade.

Pense de Novo

Audiência Pública: Terra de Quilombo

Convite Audiência Pública

“Terras de Quilombos – Titularização e Desenvolvimento Sustentável”

Art.68 Aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.

A luta do Movimento Negro contra a escravidão e as correntes da opressão. desmascarou a farsa da democracia racial e inscreveu na Constituição Federal o racismo como crime inafiançável e imprescritível, o direito a propriedade da terra as Comunidades Remanescentes de Quilombos. E mais, tem construído um amplo consenso na sociedade brasileira sobre a necessidade de uma ação coletiva para banir o racismo e construir um sociedade racial e socialmente justa e equinaneme.

A luta por reconhecimento e acesso a terra das Comunidades Remanescentes de Quilombos se inscreve nesse contexto. O Brasil, hoje, tem mais de três mil Comunidades Remanescentes de Quilombos reconhecidas, destas nos últimos anos apenas sete foram tituladas, aqui no Rio Grande do Sul são 135, segundo dados do INCRA, até o momento nenhuma foi titulada.

A articulação de diferentes setores racistas herdeiros dos antigos senhores de escravos derrotados em 1888, têm engendrado diferentes maneiras de se contrapor à vontade da sociedade brasileira de instaurar a equidade e a justiça racial entre nós.

As Comunidades Quilombolas vêm sofrendo ataque aos seus direitos nas várias esferas de Estado que visam retirar a efetividade do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal como Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizada pelo Democratas; o Projeto de Decreto Legislativo – PDC n.º. 44/2007. E mais recentemente a tentativa de esvaziamento do Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/2005).

A morosidade dos processos de titularização das terras de Quilombos e a falta de efetividade das políticas publicas básicas de saúde, educação, segurança pública, emprego e renda, acabam fragilizando, desagregando e expondo as comunidades a todo tipo de violência, física, moral e psicológica ao enfrentarem a grilagem, os despejos forçados, a destruição de lavouras e assassinatos de lideranças.

Faz-se necessário ampliar o debate e construir alternativas de superação dos graves e agudos problemas enfrentados pelas Comunidades Remanescentes de Quilombos rurais e Urbanos.

Neste sentido o Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos – CCDH da Assembléia Legislativa do RS convida para Audiência Pública “Terras de Quilombos – Titularização e Desenvolvimento Sustentável” a realizar-se:

Dia 28/08/09
Auditório Dante Barrone – Assembléia Legislativa RS

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