sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Brasil, um país fascinante e contraditório

Uma expressão já utilizada outras vezes para falar do Brasil: “fascinante e contraditório”. Hoje também é assim que vejo e sinto nosso país, batizado com o nome de Brasil, mas também desejado que fosse Terra de Santa Cruz. Esse grande território constituído de seis ou mais biomas, essa enorme nação formada por uma infinidade de etnias e populações, é visto, sem dúvida alguma, como uma sociedade cordial, amorosa, gentil e fraterna. Mas é também lugar de muita violência, fome e dor, desentendimentos e preconceitos. Aqui nessa terra aconteceram e acontecem muitas formas de opressão e exploração humana e ambiental. A vida parece difícil para muita gente, que no dia a dia ainda enfrentam problemas sociais, econômicos e outras dificuldades. Mas, por outro lado, temos um consenso de que aqui é um lugar bom de viver. Talvez o melhor.
O nome do nosso país, em vez de Brasil, poderia ser, por exemplo, Terra de Santa Cruz. Este seria um nome com identidade religiosa, mas, mais que isso, talvez indicasse um projeto de nação. Terra de Santa Cruz nos dá a ideia de um país cristão, com a possibilidade de se implantar aqui o projeto de vida das primeiras comunidades cristãs, o autêntico cristianismo que a Europa não soube viver. O projeto que os guarani viveram no Sul, nas Missões Jesuíticas, de uma sociedade socialista e cristã, poderia ser implantado em outras regiões. Mas, nosso país ficou com o nome vindo da madeira que indicava o "progresso" e a exploração. O invasor levava a riqueza e se aproveitava da mão de obra escrava. Neste cenário começa o processo de construção da nação brasileira. Uma nação que foi sendo construída com a marca da exploração, enquanto que a Terra de Santa Cruz ficou no sonho e no passado.
O nome Brasil, tendo como referência à exploração do Pau Brasil, indica a nossa história passada, que nos é um tanto amarga. Mas também podemos ver nesse nome um outro significado, mais atual, que expressa o Brasil do presente. A madeira que lhe deu o nome já não é abundante como outrora, mas, mais do que nunca, hoje esse nome faz sentido. Brasil é brasa quente, em ebulição, uma sociedade em movimento, acesa e em fase de construção. Somos uma nação que não está pronta, não está parada, estática e, contudo, tem um futuro brilhante. A brasa até parece mansa, um fogo que se finda, mas pode incendiar. Somos um país de muita energia e vitalidade, como uma brasa. Nos dias de hoje, não pela madeira de nome Pau Brasil, mas pela “brasa” vivaz, faz sentido chamar nosso país de Brasil.
O Brasil reúne em seu solo uma diversidade étnica e cultural bastante grande, rica de valores e, por natureza, possui uma maravilhosa biodiversidade. Mas é este país que conhecemos com uma história sofrida e de tantos problemas e uma realidade também bastante complicada. É, pois, um país fascinante e ao mesmo tempo contraditório, sua fotografia atrai e espanta, causa encantamento e indignação. Temos um território tão vasto e com tanta capacidade produtiva, mas com uma enorme população afastada da terra e sem o direito de produzir seu próprio pão de cada dia e ajudar a combater a fome do mundo. Somos uma nação tão jovem, mas com enormes reparações históricas por fazer. O brasileiro quando sofre, sabe encontrar razões para ser feliz ou simplesmente vive a felicidade sem ter que dar razões. Mesmo perdendo a copa de 2014, vale dizer que muitos brasileiros são bons no futebol e sabem driblar o adversário dentro de campo, mas a maioria deste povo é especialista mesmo em driblar a crise e fazer o gol da alegria, mantendo acesa a brasa da esperança. Brasil!
Pilato Pereira

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dia Nacional de Combate ao Fumo


Eu queria ver o meu pai envelhecer, queria poder vê-lo de bengala e levá-lo para tomar sol e, com ele, olhar o sol se pôr; queria poder ouvir repetidas vezes as suas histórias dos acasos da vida. Mas agora conto a história de que o cigarro roubou a vida de meu pai aos 66 anos. Porém, antes de fechar os olhos, meu pai me fez ver que o cigarro só faz mal, faz muito mal a saúde das pessoas e do meio ambiente.
Por isso, sempre que tenho a oportunidade de falar sobre os males do cigarro, assim o faço. E hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Também temos a data de 31 de maio, que é o Dia Mundial Sem Tabaco. Ainda bem que o Brasil tem duas datas para abordar esse tema de forma mais radical, mas todos os dias do ano, em alguma parte do País, alguém está procurando conscientizar sobre os malefícios do cigarro.
Em geral, os fumantes, que não querem reconhecer a doença da dependência da nicotina, argumentam que a vida é deles e que estão prejudicando apenas a si próprios. Mesmo assim, eles não têm o direito de se suicidar aos poucos. Pois, todos têm o direito de viver. Os fumantes também precisam saber que além dos danos ambientais e do mal causado a si próprios, o cigarro também afeta a saúde de quem não fuma, que são os fumantes passivos. Todos, praticamente, que andamos nas ruas somos fumantes passivos. Nas paradas de ônibus, nas estações de trem e nas calçadas ao nosso lado, sempre tem alguém fumando e causando mal para a sua e a saúde de todos ao seu redor.
Fumar é, portanto, causar mal a si próprio e aos outros. Mas é uma doença, uma dependência que as pessoas precisam aceitar ajuda para ficarem curadas. E graças à Lei Antifumo, recentemente regulamentada, entraremos no ano de 2015 com um conjunto de novas regras para afastar ainda mais as pessoas do cigarro.
É preciso, sim, combater o cigarro, afastá-lo da vida das pessoas. É preciso também parar de produzir o tabaco e acabar com essa indústria da morte que enriquece alguns em detrimento da vida de muitos. Tenho certeza que o cultivo do tabaco e sua industrialização e comercio é um crime contra a vida. Mas tem gente que continua plantando fumo e colhendo doenças em suas famílias. Tem gente que só vê o lucro em dinheiro e ignora o prejuízo da vida da humanidade e da Terra. E ainda dizem que não há outro caminho de emprego e renda. Não consigo entender que caminho é esse que leva ao abismo, ao precipício. Será que não somos mais capazes de pensar e inventar outras atividades para viver? Existem, sim, muitas alternativas ao fumo. Basta querer e escolher a vida. É hora de acabar com esta arma que se chama cigarro.
Reverendo Pilato Pereira - IEAB

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dia de Santa Clara de Assis

Hoje, 11 de agosto de 2014, Festa de Santa Clara de Assis. Neste dia especial vale lembrar as palavras de Clara na terceira carta a Santa Inês de Praga: 
“Ponha a mente no espelho da eternidade, coloque a alma no esplendor da glória. Ponha o coração na figura da substância divina e transforme-se inteira, pela contemplação, na imagem da divindade” 
(3In 12-13).

Instituto lança calendário que valoriza e compartilha conhecimentos camponeses

Os saberes camponeses ancestrais foram resgatados e vem sendo difundidos pelo Instituto Cultural Padre Josimo, com a distribuição do Calendário Camponês 2014. No início do ano, cerca de 500 famílias de pequenos agricultores que participam do projeto de resgate de sementes crioulas receberam o material, que traz informações como melhores fases da lua e melhores meses para o plantio de diversas espécies agrícolas.
O calendário é uma das ações do projeto Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER Sementes), promovido pelo Instituto Cultural Padre Josimo, que presta apoio a campesinos produtores de sementes crioulas no desenvolvimento de suas atividades e promove intercâmbio de variedades e de conhecimentos.
Clique AQUI  para ler mais e baixar o material  no site do Instituto  Cultural Padre Josimo.

SOS Mata Atlântica propõe 14 metas essenciais para os candidatos

A Fundação SOS Mata Atlântica lançou, nesta quarta-feira (6/8), em Brasília, a carta “Desenvolvimento para sempre: Uma agenda para os candidatos nas eleições 2014″. O documento, apresentado na Câmara dos Deputados durante o café da manhã da Frente Parlamentar Ambientalista, é destinado aos candidatos à Presidência da República, aos governos dos Estados e aos cargos legislativos, com 14 metas essenciais a serem atingidas durante o próximo mandato.
Essenciais para fortalecer a agenda ambiental no país, as medidas estão divididas em três eixos: florestas, mar e cidades. Seguem abaixo, de forma resumida, as propostas elaboradas pela Fundação SOS Mata Atlântica. Para ler a carta na íntegra e conhecer melhor cada meta, acesse: carta.

FLORESTAS
  • Manter o rito de criação de áreas protegidas no país e vetar qualquer iniciativa de modificação, evitando a aprovação da PEC 215.
  • Abrir  50%  dos 67 parques nacionais brasileiros ao uso público até o final de 2018, priorizando a criação de um marco regulatório para estas concessões.
  • Aumentar dos atuais US$ 4,5 para US$ 21 por hectare o orçamento anual para áreas protegidas no Brasil, equiparando-o ao da Argentina até 2018.
  • Concluir até 2018 o processo de regularização fundiária das unidades de conservação federais e estaduais, acelerando a aplicação dos recursos da compensação ambiental.
  • Aprovar projeto de lei com incentivos às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

MAR
  • Trabalhar pela aprovação, até 2015, do Projeto de Lei nº 6.969/2013, que institui a Política Nacional para a Conservação e Uso Sustentável do Bioma Marinho (PNCMar).
  • Até 2018, aumentar de 30% para 60% os municípios com a cobertura de saneamento básico na zona litorânea brasileira.
  • Implementar o Plano Nacional de Contingência para grandes vazamentos de petróleo e controlar os pequenos vazamentos.
  • Cumprir até 2018 a meta de proteger pelos menos 5% da área marinha sob jurisdição nacional e garantir que 100% das áreas protegidas marinhas tenham planos de manejo.

CIDADES
  • Instituir comitês de bacia em todo o país em 2015 e iniciar, por meio deles, a cobrança pelo uso da água a todos os usuários, em especial ao setor agrícola.
  • Universalizar o saneamento básico no Brasil e reduzir o desperdício na rede pública de águas dos atuais 40% para 20% até 2018.
  • Aprovar no Congresso e implementar até 2016 um marco regulatório para o pagamento por serviços ambientais (PSA) no Brasil.
  • Extinguir a classe 4 de rios na Resolução Conama 357, que atualmente permite a figura do rio morto, destinado a paisagem, diluição de efluentes e geração de energia.
  • Vetar qualquer iniciativa que altere prazos e metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2010.

Extraído de: www.sosma.org.br

terça-feira, 17 de junho de 2014

Parabéns Irmão Antônio Cechin pelos 87 anos

Hoje, 17 de junho de 2014, Irmão Antônio Cechin completa 87 anos e, para homenageá-lo, transcrevi o último capítulo do livro "O Irmão dos Pobres". Por graça de Deus, recebi a missão de escrever a biografia do Irmão Antônio e, ao concluir o livro, Frei Sergio Görgen sugeriu este último capítulo, um texto que eu tinha escrito para uma coletânea de artigos e depoimentos em homenagem aos 80 anos do Cechin, publicados por IHU Unisinos. E foi assim que concluí a biografia do irmão dos pobres, o profeta da ecologia. Este texto está nas páginas 130 a 136 do livro O Irmão dos Pobres. Antônio Cechin: uma biografia, publicado em 2009 pela ESTEF e Instituto Cultural Padre Josimo.


MEU ENCONTRO COM IRMÃO ANTÔNIO CECHIN

"Quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês; e quem de vocês quiser ser o primeiro, deverá tornar-se servo de todos" (Mc 10,43-45).

Eu era entregador de jornal e, às cinco horas da manhã, numa bicicleta, começava meu itinerário pelas ruas dos bairros Mathias Velho e Santo Operário, em Canoas. O entregador de jornal tem que saber de cor e salteado o nome de todas as ruas do território onde trabalha. E eu sabia e ainda me lembro bem para nunca esquecer. Não apenas decorei o nome das ruas para saber por onde andar entregando o jornal, mas pelo encantamento com o significado de cada nome.
A minha rua, a Sino da União, por exemplo, lembra que na ocupação da área, então chamada de Prado, depois Vila União dos Operários, quando havia qualquer ameaça às famílias, alguém tocava o sino e o povo se reunia para, unido, melhor resistir e nada de mal acontecesse. Na mesma vila está a Rua Libertação que nos lembra a história do povo de Deus na Bíblia e a história de muitas famílias de Canoas que sonhavam com sua libertação, com uma vida melhor.
A Rua dos Romeiros lembra que ali passou a bendita Romaria da Terra. É a rua da fé, onde, bem na esquina, se levantou uma igreja que foi a base da luta e organização do povo. É a Comunidade Divino Mestre, que recebeu este nome – e não de um santo católico – para ser um melhor espaço ecumênico, de organização e manifestação de fé, unindo famílias de diversas confissões religiosas. Também foi porque, no tribunal onde se deu o julgamento do processo da ocupação, como é em quase todas as salas de tribunal, acima da cabeça do juiz havia um crucifixo. E as pessoas presentes no julgamento rezavam ao Divino Mestre (da Cruz) para que guiasse a cabeça do juiz e a sua sentença fosse favorável aos que tanto precisavam da terra, que ocuparam tão somente por necessidade.
Foi no dia 18 de novembro de 1983 que as famílias ocupantes do Prado obtiveram a definitiva posse da terra que é celebrada todos os anos, junto com a festa do padroeiro Divino Mestre. E a vila segue sendo chamada de União dos Operários. Pois, é resultado da união de muitas famílias operárias. Uma das ruas é a “18 de Novembro”, que lembra o dia dessa vitória, quando as famílias da Vila União dos Operários conquistaram a posse da terra. Essa rua também ganhou uma igreja, a Comunidade Nossa Senhora dos Romeiros, que mantém viva a história com o compromisso e o sonho de um povo.
Seguindo meu itinerário de entregador de jornal, passava também pela Rua Negrinho Santo – onde morou minha Vó Leonora. Essa rua nos lembra o Negrinho do Pastoreio e está na Vila Santo Operário que faz uma homenagem ao operário mártir, Santo Dias da Silva. E, mais a frente está a Rua São Sepé que lembra o índio Sepé Tiarajú. E bem mais adiante, a Vila Natal, que é uma marca histórica da organização dos pobres. Esse nome é uma homenagem aos que ocuparam a Santo Operário na noite do Natal de 1979. Naquele tempo, quando as famílias estavam reunidas em novena de preparação ao Natal, elas se sentiam semelhantes ao Deus Menino, pobre e sem lar. Então, animadas pela mesma fé que movia o coração de José e Maria, despertaram e ocuparam uma área de terra, onde fizeram suas moradas, como fez a Sagrada Família na gruta de Belém.
Como na palma da mão, leio nessas ruas e vilas a minha história de entregador de jornal. E a história de um povo que vinha de muitos povos. Eram famílias que, como a minha, a sorte fez migrar em busca de um novo amanhã. E nas entrelinhas do que leio, vejo a história, a vida de um irmão que Deus nos deu. Este tão querido Irmão Antonio Cechin. Ao passar entregando o jornal, cada rua me apresentava o Irmão Antonio, cada rua me contava sua história, sua trajetória de luta e fé. Ele havia passado por ali, guiado pela mão de Deus, conduzindo o povo no caminho da libertação.
Quando tudo ainda era difícil – as cercas, o banhado, os alagamentos, os jagunços e tantas outras dificuldades – por ali passaram os pés de um peregrino, Irmão dos Pobres, amigo de Deus. As ruas contam a história de lutas e conquistas de um povo, e essa história revela o coração, a alma, a vida simples, mas heróica e corajosa, de Irmão Antônio Cechin. O nosso querido Irmão Antônio, o Tonico – como o chama a Matilde – que no dia 17 de junho de 2007 completou 80 anos de vida e continua persistindo na missão.
Foi por estes caminhos que eu o encontrei. Mas quando ali cheguei, já na década de 80, ele havia migrado para outras terras. Foi ao encontro dos ainda mais pobres e excluídos. No entanto, tudo o que fui conhecendo e vivendo na caminhada das CEB’s, em Canoas, me fez ver e conhecer de perto o Irmão Antônio Cechin. E, por sua ternura e bondade, aprendi a amá-lo como irmão. Por sua sabedoria e fidelidade ao Deus dos pobres, aprendi admirar, seguir e a respeitar nele um mestre, um profeta. Quando o chamo de mestre, sei que não estou contrariando as palavras do Evangelho em que Cristo revela que um só é nosso mestre (cf. Mt 23,8). Pois, aquele que é o único mestre se revela em nossos irmãos e irmãs de caminho, que nos ensinam, nos ajudam a compreender a mensagem do Divino Mestre, e por isso são também nossos mestres.
Com o Irmão Cechin aprendi que seguir a Cristo é amar os pobres, é lutar pela dignidade humana e a integridade da vida. Depois dos primeiros passos em Canoas, segui minha caminhada formativa com o objetivo de ser frade capuchinho. Passei por outros lugares e voltei a Canoas para concluir a formação inicial com o curso de Teologia na ESTEF, em Porto Alegre. Então pude confrontar a Teologia com minhas experiências nas CEB’s e o que aprendi do Irmão Antônio. E quando já estava no quinto e último ano do curso, no dia 18 de junho de 2004, tivemos uma manhã de aula com o Irmão Cechin, que nos falou sobre sua vida, especialmente no período da ditadura militar. Aquela foi uma aula simbólica que uniu todas as coisas que aprendi e vivi na Teologia, nas CEB’s, na formação franciscano-capuchinha, desde os tempos de entregador de jornal e desde quando era criança. E naquele dia pensei comigo mesmo: “agora posso concluir o curso de Teologia”. Não era a ilusão de saber tudo ou saber muito. Mas, com a aula magna do Irmão Cechin, tive a compreensão clara do meu pouco saber e do muito a buscar em meio aos conflitos, desafios, fracassos, vitórias, sonhos e utopias. Naquele momento, olhando os passos compassivos do Irmão junto aos pobres, tive um pouco mais lúcida a noção do meu dever histórico como ser humano e cristão.
Agora, só queria agradecer ao Irmão Antonio que acreditou e nos mostrou a Teologia da Libertação, as Comunidades Eclesiais de Case, a Catequese Libertadora. Ele que edificou sua vida lutando pela dignidade humana e, com a força da fé, testemunhou o Evangelho de Jesus Cristo na radical opção pelos pobres. Foi perseguido, preso e torturado pela ditadura militar, mas nem o castigo, a violência e a crueldade que sofreu lhe fizeram abandonar seus ideais. Ele superou tudo e até hoje continua sua missão a serviço dos mais pobres. Ajudou a criar as Comunidades Eclesiais de Base, a Pastoral da Terra e o MST no Rio Grande do Sul. E depois se empenhou com a organização dos catadores em Canoas e Porto Alegre, criou a Pastoral da Ecologia e protagonizou o reavivamento do símbolo que é São Sepé Tiarajú. Nos últimos anos, vem motivando a Igreja no Rio Grande do Sul a assumir a bandeira da Ecologia. Irmão Antonio, já passando seus 80 anos de vida, vem lutando em defesa das águas, dos pobres e do meio ambiente. E vêm nos dando muitas lições de vida e de fé.
Costumamos dizer que Irmão Antonio é o pai das CEB’s, mas as CEB’s são a sua mãe, os seus irmãos, a sua vida, a sua história. E quando glorificamos a Deus pela vida deste querido irmão, estamos louvando a Deus pelas Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação, pela Catequese Libertadora, pela Comissão Pastoral da Terra, pelo Movimento dos Sem Terra, pela Pastoral da Ecologia e por tantas bênçãos que recebemos de Deus através de suas mãos servidoras.
Quando o Irmão completou 80 anos, em 2007, fiquei pensando com que palavras eu poderia homenageá-lo. E de que maneira agradecê-lo por tudo o que fez ao longo da vida. E por continuar sendo um catequista que nos ensina a viver a fé na justiça e na paz. A melhor homenagem que posso lhe fazer é assumir a mesma causa, viver o mesmo ideal e lutar com o mesmo espírito e fé que o fez ser, não apenas Irmão de uma congregação religiosa, mas o verdadeiro Irmão dos Pobres. Ele é um referencial de vida que quero seguir. Com a pedagogia do Divino Mestre, que caminhou com seus discípulos e com os pobres da Palestina, Irmão Antônio Cechin é um verdadeiro catequista, que nos mostra o caminho caminhando.
No livro “Batismo de Sangue”, Frei Betto escreve que Irmão Antônio pertence “a esse raríssimo tipo de pessoa que é capaz de participar a fundo das lutas sociais sem envolver-se em intrigas ideológicas ou em concorrências políticas, preservando em seu silêncio a paz interior e a lucidez de espírito” (BETTO, 1982, p. 137). É um ser humano extraordinário, uma pessoa digna de todo respeito e admiração.
Foi com grande consideração e estima, com sincero respeito e encantamento, com profunda ternura e amizade que escrevi esta sua história. Bem pouco de toda sua grandeza. Mas que estas poucas páginas sejam um convite, especialmente aos jovens, a conhecer a vida de Irmão Antônio Cechin. Uma vida que restaurou esperanças, sonhos e ideais silenciados em tantos corações e mentes.

E quero concluir agradecendo ao bom Deus que nos deu este Irmão, capaz de resistir à opressão dos tiranos pela força de seu amor aos pobres e oprimidos.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Casa de Pequenos Cubinhos


A Casa em Cubinhos (em japonês: つみきのいえ, Tsumiki no ie; título internacional em francês: La maison en petits cubes) é um curta-metragem de animação japonês criado por Kunio Katō em 2008. Ganhou o prêmio Oscar de melhor curta de animação de 2009. 
Conta a história de um velhinho que vive solitário em uma cidade inundada. À medida que a água sobe, o senhor eleva sua casa com pequenos tijolos em forma de cubos para se manter fora do nível do lago sobre o qual vive. Então, um dia, seu cachimbo favorito cai e vai parar em um andar mais baixo de onde sua real moradia encontrava-se naquele momento. Muito apegado ao cachimbo, ele decide comprar uma roupa de mergulho e ir atrás dele. Ao mergulhar, passa a reviver toda a história dele, de sua família e, claro, a da casa, cujos vários andares (cerca de 10), agora estão todos submersos, exceto o último. (Wikipédia)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Parabéns trabalhadoras e trabalhadores

Nosso dia merece ser bem celebrado. Se não tiver manifestações coletivas, atos públicos, passeatas, marchas e romarias, mas em nossa consciência, em nossa alma de trabalhadores/as, em nossa mente e no coração esta data precisa ser lembrada com toda a sua carga histórica e com todo seu simbolismo vivo e dinâmico. Afinal, esta data é marcada por pela história de muitas vidas que tiveram sonhos, utopias e se entregaram nas lutas por justiça, igualdade, paz, trabalho, pão, terra e liberdade. Esta data vivifica muitas histórias de heroísmo, amor, fé, coragem e tantos valores que guarda a humanidade.
Que nosso Deus Trabalhador, criador e defensor da vida, nos ilumine e nos fortaleça em nosso trabalho e em nossas lutas pela dignidade das pessoas que fazem parte do mundo do trabalho, sejam trabalhadores e trabalhadoras das fábricas, do campo, das florestas, das casas, das lojas, das estradas, das igrejas, dos bares, dos circos, dos rios, da comunicação, dos mares, do ar, dos teclados, dos espaços virtuais, dos palcos, dos postos, das ruas, das mesas, da segurança, dos trens, dos automóveis, dos resíduos, das repartições públicas e de todos os lugares e formas de trabalho.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Com a graça de Deus, minha missão continua...

Gratidão é a palavra que não quer calar, é o sentimento que quer se expressar. Este é o clamor dizível e visível da minha alma. Agradeço a presença, orações e apoio de todos e todas que celebraram comigo e com a Igreja o reconhecimento de minha Ordenação Sacerdotal. Agradeço quem esteve na Paróquia da Ascensão, neste Domingo de Ramos, dia 13 de abril e a todas aquelas pessoas que não puderam estar na celebração, mas concelebraram de alguma forma, expressaram seu apoio e rogaram a bênção de Deus para este momento da vida. Que todos e todas sintam meu agradecimento e saibam da minha alegria por cada irmão e irmã que, de alguma forma, participou desta celebração de reconhecimento e compromisso. 
Cada gesto fraterno e todo sinal de apoio nunca serão esquecidos.
A celebração deste domingo para mim foi um resgate espiritual de tudo o que vivi no dia 27 de fevereiro de 2005, quando fui ordenado na Comunidade Divino Mestre em Canoas. A acolhida e o reconhecimento das Sagradas Ordens pela Igreja Episcopal Anglicana representam um sentido plenamente católico da vocação sacerdotal e expressam que este é um chamado de Deus.
Agora, que o caminho é novamente visível e palpável aos pés, com a graça de Deus, minha missão continua...
A partir deste momento estou encarregado do Ponto Missionário Santo André, em Guaíba e coadjutor de Dom Humberto na Paróquia da Ascensão. Aos meus amigos e amigas e a todas as pessoas que ora recebem esta mensagem, fica o convite para vir celebrarmos juntos, seja na Paróquia da Ascensão ou na nossa comunidade Santo André em Guaíba. Pois, a casa de Deus é a casa do povo, nas pessoas reunidas  em fé e amor, no compromisso com a justiça e a paz, Deus faz sua santa habitação. Quero dizer que os templos, tanto o da Ascensão de Porto Alegre, quanto Santo André de Guaíba, são espaços abertos para quem quer ter irmãos e irmas e celebrar a fé por uma vida conforme o sonho de Deus. Todos e todas são  bem acolhidos (as).

O Reconhecimento das Sagradas Ordens de Pilato Pereira pela IEAB

Na celebração deste Domingo de Ramos, 13 de abril, na Paróquia da Ascensão, em Porto Alegre, o bispo diocesano da Diocese Meridional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Dom Humberto Maiztegui Gonçalves, reconheceu as Sagradas Ordens de Pilato Pereira, ordenado diácono e presbítero pela Igreja Católica Apostólica Romana, na Arquidiocese de Porto Alegre. Dom Humberto também anunciou que o Reverendo Pilato Pereira atuará como coadjutor na Paróquia da Ascensão e será o ministro encarregado pelo Ponto Missionário Santo André, em Guaíba.
Em sua pregação, Dom Humberto falou sobre a trajetória vocacional de Pilato e o processo de reconhecimento de suas Ordens. O bispo diocesano relatou que quando assumiu como pároco na Paróquia São Lucas de Canoas, no ano de 2010, Pilato e sua companheira Luciméia Gall König passaram a fazer parte daquela comunidade. Em seguida, ambos foram recebidos pelo então bispo diocesano, Dom Orlando de Oliveira, e passaram a atuar na pastoral da Paróquia.
Dom Humberto explicou que Pilato Pereira fez parte da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e foi ordenado diácono e presbítero, através da Igreja Católica Romana, e que agora ocorre o reconhecimento das suas Ordens pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que o acolhe no clero da Diocese Meridional.
A cerimônia contou com a presença de paroquianos das paróquias da Ascensão e São Lucas de Canoas e familiares e amigos de Pilato. O Frei Capuchinho e Reitor da ESTEF (Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana), Aldir Crócoli, esteve presente, concelebrando com demais presbíteros da Diocese Meridional. Além de Dom Humberto, também estiveram presentes os bispos eméritos, Dom Orlando Santos de Oliveira e Dom Clovis Erly Rodrigues.
No Domingo de Páscoa, 20 de abril, Reverendo Pilato celebrará a Santa Eucaristia da Festa da Páscoa do Senhor, às 10 horas, na Paróquia da Ascensão. 
Fonte: Blog da Paróquia da Ascensão 
(www.ascensaoieab.blogspot.com.br)

terça-feira, 8 de abril de 2014

CONVITE: Reconhecimento da Ordenação de Pilato Pereira

Paz e Bem!
Amigos (as), irmãos (as) e companheiros (as), desde 2000 atuei como frei franciscano capuchinho, no compromisso com a justiça, paz e ecologia. No dia 27 de fevereiro de 2005, fui ordenado presbítero na Igreja Católica. E em 2010, iniciei minha caminhada na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, com o propósito de ter uma comunidade onde orar e adorar ao Deus criador e defensor da vida. E na oração, na adoração, Deus foi muito além e, por sua graça, me encorajei a reassumir as Sagradas Ordens, que serão reconhecidas pelo Bispo Diocesano da Diocese Meridional, Dom Humberto Maiztegui Gonçalves, neste Domingo de Ramos, 13 de abril, às 19 horas, na Paróquia da Ascensão, bairro Teresópolis, em Porto Alegre, conforme o convite.
Com o lema: “Bem-aventurados os que promovem a paz e tem fome e sede de justiça” (Mateus 5, vs. 9ª e 6ª) vou renovar os votos da Ordenação Sacerdotal e assumir uma nova missão na Igreja.
Deus me mostra novamente, que posso recomeçar meu caminho e, na tradição Anglicana, viver e testemunhar a fé em Cristo, o carisma franciscano e a vocação sacerdotal, na opção pelos pobres e no cuidado do meio ambiente, da vida. 
Esperamos você!
Pilato Pereira

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Novas publicações no Blog Tempo para a Criação

Do dia 1° de setembro, início do ano eclesiástico ortodoxo, até o dia 4 de outubro - festa de São Francisco de Assis, patrono dos animais, da ecologia e do meio ambiente, na tradição católica romana e anglicana, as igrejas cristãs, através do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), promovem o "Tempo para a Criação".
Esta é uma campanha que faz parte das iniciativas do programa Justiça Climática do CMI através do qual, as igrejas, organizações ecumênicas e redes religiosas enfatizam o aspecto ético e espiritual do debate sobre questões ambientais.
Como parte deste movimento, a Diocese Meridional, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, criou um grupo de trabalho que, entre outas ações, também desenvolveu um blog que é constantemente atualizado com espaço para compartilhar experiências, ideias e sugestões sobre a temática ambiental e os desdobramentos  que podem  ser feitos nas comunidades.

Esta semana o blog traz postagens sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil e mudanças climáticas. O texto do reverendo Carlos Eduardo Calvani tem como título "50 anos de um golpe que ainda nos atinge" e a postagem sobre mudanças climáticas é um alerta do ex-líder da Igreja Anglicana, Rowan Williams. Extraído do portal Palavra Aberta, a reportagem é de Robert Mendick, publicada no sítio The Telegraph, em 29/03/2014, com a tradução de Isaque Gomes Correa.
Rowan Williams, ex-arcebispo de Cantuária, criticou os estilos de vida ocidentais por eles estarem causando mudanças que impulsionam a “crise do meio ambiente no qual vivemos”.

Leia estas e outras postagens no blog Tempo para a Criação

domingo, 23 de março de 2014

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03/2014

A campanha Hora do Planeta, promovida pela ONG WWF desde 2007, convida o mundo a apagar todas as luzes de casa por 60 minutos. Assim, todos estão convidados a aderir a esse gesto simples e simbólico no dia 29/03, entre 20h30 e 21h30.
Este ano, a campanha ganhou seu primeiro embaixador global: o Homem-Aranha. Por isso, os atores Andrew Garfield, Emma Stone e Jamie Foxx - protagonistas do novo filme do personagem, O Espetacular Homem-Aranha 2, que deve ser lançado em maio próximo por aqui - também aderiram à iniciativa.
A campanha começou em Sidney, na Austrália, em 2007. E não parou de crescer: mais de um bilhão de pessoas aderiram em cinco mil cidades de 152 países diferentes. As pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a Acrópole de Atenas, o Cristo Redentor (RJ) e a Ópera de Manaus estão entre os monumentos mais famosos que apoiam a iniciativa e se mantêm no escuro durante 60 minutos na data marcada.
Com Informações de Planeta Sustentável
Clique AQUI para ler mais

segunda-feira, 17 de março de 2014

Carta da 37ª Romaria da Terra e do 9º Acampamento da Juventude

1. A 37ª Romaria da Terra e o 9º Acampamento da Juventude é fruto de meses de trabalho nas comunidades e movimentos, incentivados pelo nosso irmão e pastor, Dom Jaime, arcebispo de Porto Alegre, arquidiocese que os acolheu, que conclamou a todos e todas para, “inspirados no Evangelho e orientados pelas opções de Jesus pelos menos favorecidos, os pobres e excluídos, participar de forma ativa nesta manifestação de solidariedade para com tantos de nossos irmãos e irmãs que não têm um pedaço de terra para viver dignamente. A Terra nos oferece o necessário para o sustento; mas precisamos também aprender a dela cuidar para que todos possam gozar daquilo que hoje se denomina vida saudável”. 
2. E nos dias do carnaval de 2014 (2 e 3 de março), 500 jovens do Rio Grande do Sul, da Pastoral de Juventude, da juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Levante Popular da Juventude, do Movimento de Trabalhadores Desempregados, da juventude do Movimento dos Atingidos pelas Barragens, da Pastoral da Juventude Rural, da Pastoral Popular Luterana e do movimento “Juntos”, compromissados com os valores e as causas da Reforma Agrária, da Cooperação e da Agroecologia como modo de organizar a vida e a defesa da Mãe-Terra, estiveram reunidos no 9º Acampamento da Juventude, no Assentamento da Lagoa dos Juncos, em Tapes.
3. Acolhidos com entusiasmo pelos moradores do Assentamento e pelas equipes que já vieram antes para preparar o espaço para o Acampamento e a Romaria, logo se integraram e, com muita energia e entusiasmo, com palavras de ordem, canções diversas e muito debate, foram reafirmando a disposição de serem sujeitos protagonistas de uma nova sociedade, justa, fraterna, socialista.
4. Refletimos sobre a realidade, ouvimos os clamores que brotam das mais diversas situações de exploração e opressão, geradas pelo sistema capitalista e procuramos compreender os desafios que nos são colocados para aprofundar o processo de transformação para que haja vida digna e abundante para todos e todas, assumindo os seguintes compromissos:
- Denunciar o sistema capitalista como intrinsecamente perverso em seu DNA, pois sua lógica de acumulação a qualquer preço, movido pela ganância, gera as divisões sociais, exploração, opressões diversas, sofrimento e morte.
- Retomar e aprofundar a defesa da Reforma Agrária, condição inclusive para avançar na agroecologia e na agricultura de base camponesa.
- Denunciar o agronegócio como um sistema que tem como lógica o lucro e se sustenta na exploração do trabalho e dos recursos naturais, em contradição com a agricultura camponesa.
- Defender os diversos sistemas da biodiversidade e fortalecer a luta contra os agrotóxicos, pois estes matam.
- Impulsionar a produção e o consumo saudáveis, defendendo e praticando a agroecologia, sem ter medo das mudanças.
- Resgatar a política como a ação em favor do bem comum, essencial nos processos de mudança da realidade, e como a mais alta forma de amor ao próximo.
- Investir no fortalecimento do trabalho de base e na construção da mais ampla unidade entre os explorados e excluídos.
- Lutar pela igualdade de gênero.
- Respeitar e considerar justa toda forma de AMOR.
- Defender políticas públicas substantivas para a população trabalhadora, em especial para a juventude e lutar contra a privatização dos serviços públicos.
- Impulsionar um processo de trabalho de base permanente de formação sobre as políticas públicas e o papel protagonista dos jovens e da população em geral na sua efetivação.
- Educar e mobilizar a juventude e a população trabalhadora para a participação das mesmas nos espaços de construção das políticas públicas e do controle social do Estado.
- Comprometer-se com o Plebiscito popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma do Sistema Político.
- Impulsionar a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão de nossa sociedade.
- Construir espaços de formação permanente sobre a questão de gênero, envolvendo homens e mulheres, na perspectiva de superação de todas as formas de patriarcalismo e machismo em todos os espaços da vida.
- Investir em formas de comunicação para garantir um direito fundamental em qualquer processo de construção da liberdade, o da informação, o que nos convoca ao engajamento na luta pela democratização dos meios de comunicação.
- Denunciar a FIFA e os processos da Copa como mecanismos de fortalecimento da lógica dos grandes negócios, de violação direitos de muitas pessoas, em detrimento de investimentos em áreas essenciais para a população, como habitação, saúde e educação. (A Copa não é do Brasil e sim da FIFA”).
5. No dia 4, esse/as jovens juntaram-se aos milhares de Romeiros e Romeiras que vieram de todos os rincões do Rio Grande e mesmo de vários outros estados para celebrar a história de lutas dos povos da Terra por justiça, igualdade e liberdade, com quem compartilharam e celebraram esses compromissos.
6. Animados e encorajados por tantas testemunhas que doaram suas vidas por estas causas em defesa dos pobres, no seguimento de Jesus de Nazaré, renovamos o desejo de que os bons frutos desta Romaria da Terra possam repercutir bem na vida de todas as nossas Comunidades de fé e de luta. 
Tapes, 4 de março de 2014

domingo, 16 de fevereiro de 2014

37ª Romaria da Terra será em Assentamento de Tapes

37ª ROMARIA DA TERRA
LOCAL: ASSENTAMENTO LAGOA DO JUNCO
TAPES/RS
DATA: 04 DE MARÇO DE 2014
TEMA: REFORMA AGRÁRIA, COOPERAÇÃO E AGROECOLOGIA
LEMA: "CULTIVAR VIDA SAUDÁVEL"
PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
VICARIATO DE GUAÍBA 
ARQUIDIOCESE DE PORTO ALEGRE

Saiba mais sobre a 37ª Romaria da Terra no blog da CPT-RS:

sábado, 4 de janeiro de 2014

Conheça o Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento

A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) recentemente implantou o seu Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento (SADD) com o objetivo de acompanhar, orientar e fortalecer as experiências diacônicas da Igreja, bem como facilitar a capacitação e articulação dessas experiências no âmbito provincial.
No site do SADD (www.ieab.org.br/sad), você poderá explorar 4 bancos de dados que contribuirão para a concretização do SADD.
1) Banco experiências: mapeamento das atuais experiências de diaconia social na IEAB quanto à variedade de atividades, objetivos, sujeitos, motivações, articulações, desafios e fontes de recursos;
2) Banco recursos humanos internos e externos, para atender às necessidades de formação, por exemplo, sobre a preparação de certidão para fundações filantrópicas. Este banco deve estar articulado com o trabalho do Centro de Estudos Anglicanos (CEA);
3) Banco fontes: requisitos e procedimentos de fontes de recursos públicos nacionais e da cooperação e internacional.
4) Banco instâncias: o mapeamento das instâncias (dioceses, distrito, paróquias, missões, pontos missionários ou instituições) da IEAB.
Há relações entre os bancos e eles usam as mesmas listas pré definidas de descrições com palavras chaves. As pessoas que têm uma senha, podem cadastrar, editar e excluir os dados.
Você pode obter mais informações através do site do SADD (www.ieab.org.br/sad), onde, além dos bancos de dados, também disponibiliza uma página de notícias, um formulário de contatos, uma lista de pessoas que são referência do SADD em cada diocese.

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