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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A Primavera sempre volta

Assim como o Verão, o Inverno e o Outono, a Primavera sempre volta, sem nunca ter nos deixado. Como o Sol que surge no horizonte, se alastra e depois se põe e no dia seguinte, mesmo as escondidas, lá está ele novamente cumprindo seu ritual de nascer e morrer, sem nunca deixar de viver. Assim é a vida. As flores que agora são flores virão a ser frutos e os frutos alimentam outros seres e guardam suas sementes que morrem para gerar vida que floresce. E quanto mais nos detemos a observar e compreender os mistérios da natureza, mais nos envolvemos em mistérios que se revelam e velam verdades tantas. Existem paisagens belas que são reveladas pela luz do dia e outras, igualmente belas, ganham forma através da noite. E o que noite esconde, o dia desvela e o que o dia desfaz, a noite refaz.
Setembro está quase de partida, mas nos deixa, aqui no hemisfério Sul, de presente, a Primavera, a estação das flores e da unimultiplicidade das cores da vida. Bem-vinda a Primavera, ela que sempre vem prenunciada pelo majestoso canto do Sabiá, que anuncia o cio da terra.
Como disse Che Guevara: “podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a Primavera”. Pois, todos os anos ela vem desabrochar a vida, reflorescer os sonhos e acordar a esperança, embelezar e perfumar a convivência das pessoas e a natureza. A Primavera exibe as cores da vida. Ela expõe um espetáculo que não é somente seu, mas a sua missão é exibir a vida em forma de flores. Mas, para que existam flores na Primavera, é preciso o calor do Verão, a transição do Outono e o frio do Inverno. Tudo depende de tudo e tudo está interligado com tudo. O capricho da natureza, muitas vezes desconhecido durante as outras estações, resulta na beleza da Primavera. Quando nos encantamos com as flores desta estação, é bom reconhecer o quanto foi importante o clima regular das outras estações. Não haveria Primavera se não fosse o Inverno. Quando reclamávamos daqueles dias frios que só se saia de casa por extrema precisão, a natureza silenciosamente se servia daquele clima para nutrir a vida. E agora, com toda eloquência, a Primavera canta a poesia da vida.
A Primavera é mesmo fascinante. Sua missão é revelar a beleza da vida que, por vezes, passa despercebida. E quando a Primavera nos diz que a vida é linda e nós humanos compreendemos a sua poesia, a vida realmente se torna melhor. Também externamos as nossas cores. Cores de sentimentos, desejos, pensamentos, ideias, ideologias, crenças e filosofias. As cores que pintamos e vestimos e também as cores de bandeiras que erguemos. E quando essas bandeiras pregam paz, justiça e dignidade, elas movem o mundo porque expressam nossa humanidade. E as flores na Primavera expressam a beleza que o tempo todo está na essência da vida.
Pilato Pereira

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Com a graça de Deus, minha missão continua...

Gratidão é a palavra que não quer calar, é o sentimento que quer se expressar. Este é o clamor dizível e visível da minha alma. Agradeço a presença, orações e apoio de todos e todas que celebraram comigo e com a Igreja o reconhecimento de minha Ordenação Sacerdotal. Agradeço quem esteve na Paróquia da Ascensão, neste Domingo de Ramos, dia 13 de abril e a todas aquelas pessoas que não puderam estar na celebração, mas concelebraram de alguma forma, expressaram seu apoio e rogaram a bênção de Deus para este momento da vida. Que todos e todas sintam meu agradecimento e saibam da minha alegria por cada irmão e irmã que, de alguma forma, participou desta celebração de reconhecimento e compromisso. 
Cada gesto fraterno e todo sinal de apoio nunca serão esquecidos.
A celebração deste domingo para mim foi um resgate espiritual de tudo o que vivi no dia 27 de fevereiro de 2005, quando fui ordenado na Comunidade Divino Mestre em Canoas. A acolhida e o reconhecimento das Sagradas Ordens pela Igreja Episcopal Anglicana representam um sentido plenamente católico da vocação sacerdotal e expressam que este é um chamado de Deus.
Agora, que o caminho é novamente visível e palpável aos pés, com a graça de Deus, minha missão continua...
A partir deste momento estou encarregado do Ponto Missionário Santo André, em Guaíba e coadjutor de Dom Humberto na Paróquia da Ascensão. Aos meus amigos e amigas e a todas as pessoas que ora recebem esta mensagem, fica o convite para vir celebrarmos juntos, seja na Paróquia da Ascensão ou na nossa comunidade Santo André em Guaíba. Pois, a casa de Deus é a casa do povo, nas pessoas reunidas  em fé e amor, no compromisso com a justiça e a paz, Deus faz sua santa habitação. Quero dizer que os templos, tanto o da Ascensão de Porto Alegre, quanto Santo André de Guaíba, são espaços abertos para quem quer ter irmãos e irmas e celebrar a fé por uma vida conforme o sonho de Deus. Todos e todas são  bem acolhidos (as).

O Reconhecimento das Sagradas Ordens de Pilato Pereira pela IEAB

Na celebração deste Domingo de Ramos, 13 de abril, na Paróquia da Ascensão, em Porto Alegre, o bispo diocesano da Diocese Meridional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Dom Humberto Maiztegui Gonçalves, reconheceu as Sagradas Ordens de Pilato Pereira, ordenado diácono e presbítero pela Igreja Católica Apostólica Romana, na Arquidiocese de Porto Alegre. Dom Humberto também anunciou que o Reverendo Pilato Pereira atuará como coadjutor na Paróquia da Ascensão e será o ministro encarregado pelo Ponto Missionário Santo André, em Guaíba.
Em sua pregação, Dom Humberto falou sobre a trajetória vocacional de Pilato e o processo de reconhecimento de suas Ordens. O bispo diocesano relatou que quando assumiu como pároco na Paróquia São Lucas de Canoas, no ano de 2010, Pilato e sua companheira Luciméia Gall König passaram a fazer parte daquela comunidade. Em seguida, ambos foram recebidos pelo então bispo diocesano, Dom Orlando de Oliveira, e passaram a atuar na pastoral da Paróquia.
Dom Humberto explicou que Pilato Pereira fez parte da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e foi ordenado diácono e presbítero, através da Igreja Católica Romana, e que agora ocorre o reconhecimento das suas Ordens pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que o acolhe no clero da Diocese Meridional.
A cerimônia contou com a presença de paroquianos das paróquias da Ascensão e São Lucas de Canoas e familiares e amigos de Pilato. O Frei Capuchinho e Reitor da ESTEF (Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana), Aldir Crócoli, esteve presente, concelebrando com demais presbíteros da Diocese Meridional. Além de Dom Humberto, também estiveram presentes os bispos eméritos, Dom Orlando Santos de Oliveira e Dom Clovis Erly Rodrigues.
No Domingo de Páscoa, 20 de abril, Reverendo Pilato celebrará a Santa Eucaristia da Festa da Páscoa do Senhor, às 10 horas, na Paróquia da Ascensão. 
Fonte: Blog da Paróquia da Ascensão 
(www.ascensaoieab.blogspot.com.br)

terça-feira, 8 de abril de 2014

CONVITE: Reconhecimento da Ordenação de Pilato Pereira

Paz e Bem!
Amigos (as), irmãos (as) e companheiros (as), desde 2000 atuei como frei franciscano capuchinho, no compromisso com a justiça, paz e ecologia. No dia 27 de fevereiro de 2005, fui ordenado presbítero na Igreja Católica. E em 2010, iniciei minha caminhada na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, com o propósito de ter uma comunidade onde orar e adorar ao Deus criador e defensor da vida. E na oração, na adoração, Deus foi muito além e, por sua graça, me encorajei a reassumir as Sagradas Ordens, que serão reconhecidas pelo Bispo Diocesano da Diocese Meridional, Dom Humberto Maiztegui Gonçalves, neste Domingo de Ramos, 13 de abril, às 19 horas, na Paróquia da Ascensão, bairro Teresópolis, em Porto Alegre, conforme o convite.
Com o lema: “Bem-aventurados os que promovem a paz e tem fome e sede de justiça” (Mateus 5, vs. 9ª e 6ª) vou renovar os votos da Ordenação Sacerdotal e assumir uma nova missão na Igreja.
Deus me mostra novamente, que posso recomeçar meu caminho e, na tradição Anglicana, viver e testemunhar a fé em Cristo, o carisma franciscano e a vocação sacerdotal, na opção pelos pobres e no cuidado do meio ambiente, da vida. 
Esperamos você!
Pilato Pereira

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ano Internacional de Cooperação pela Água


Por Pilato Pereira
A Organização das Nações Unidas, ONU, declarou 2013 como o Ano Internacional de Cooperação pela Água, com o objetivo de conscientizar sobre a importância e necessidade de cooperação para o manejo dos recursos hídricos que já são limitados diante de uma demanda em rápido crescimento. De acordo com a UNESCO, 145 países compartilham uma grande bacia hidrográfica com pelo menos mais uma nação. Pois, este fato é motivo suficiente para que a questão da água seja tratada mundialmente numa ótica de cooperação. 
Durante o Ano Internacional de Cooperação pela Água deverão ocorrer ações que destacam as iniciativas de sucesso em cooperação pela água e, certamente, serão trabalhados temas importantes como educação ambiental com foco na água, diplomacia sobre a água, gestão da água em regiões de fronteiras, cooperação financeira, entre outros.
O presidente do Conselho Mundial de Água é o brasileiro Benedito Braga, que iniciou sua gestão em 2013 preocupado com o fato de que existem no mundo 271 bacias hidrográficas com rios que estão compartilhados por mais de um país. Sendo que em muitos lugares a questão já virou assunto de segurança política, como no caso do Rio Nilo, que é compartilhado por nove países. A ONU pretende com esse tema incentivar o lado bom disso, que é a cooperação entre os povos.
No Brasil temos diversos rios em que as águas estão compartilhadas com outros países, como por exemplo, o Amazonas, que tem sua origem no sul do Peru e deságua no Oceano Atlântico, no norte brasileiro. As águas do Amazonas banham diretamente Peru, Colômbia e Brasil. Mas a bacia amazônica abrange terras de vários países da América do Sul, como Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil. Também temos o rio Uruguai que abrange Argentina, Uruguai e Brasil, o rio da Plata que está no Brasil e Argentina, o rio Paraguai que envolve Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai. E dentre tantos outros casos de rios, também temos na América do Sul o caso do Aquífero Guarani, que abrange territórios da Argentina, do Brasil, Paraguai e Uruguai. 
Embora sejam usados para definir territórios, percebemos que os cursos d’água não têm fronteiras. Por onde passam, as águas servem a todos e todas, independentemente da nacionalidade. Pois, os rios são do mundo, da humanidade e assim como suas águas servem a todas as formas de vida em diferentes territórios e diversos povos, elas deveriam ser cuidadas de forma comum, através da cooperação das nações. Ou seja, os países deveriam se unir para cuidar da Água, que é patrimônio da humanidade e direito de todos os seres vivos.
Neste Dia Mundial da Água, 22 de março, mencionando que 2013 é o Ano Internacional de Cooperação pela Água, não podemos reivindicar o cuidado global deste bem comum, se não nos preocuparmos com as situações locais. É importante lembrar que os países devem se unir para cuidar de suas águas, mas é uma necessidade premente dar maior atenção aos arroios, fontes, nascentes, riachos, rios que estão perto de nós. Vamos unir nossas vizinhanças para cuidar da Água mais perto de nossas casas e que fazem parte do nosso cotidiano. Pois, assim, também através do exemplo, estaremos reivindicando que os países do mundo todo levem a sério o Ano Internacional de Cooperação pela Água.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dom Humberto... Lágrimas de compromisso com a Justiça e a Paz

Bispo Diocesano, Dom Orlando - Bispo Primaz, Dom Maurício
Dom Humberto
Por Pilato Pereira - blog Olhar Ecologico
Irmão Antônio Cechin também chorou quando relatou seu encontro com o ex-presidente Lula, em que pode dizer-lhe: “Feliz é o Brasil que tem um presidente que chora sobre os catadores, a mais humilde categoria dos que constroem a nação!”. Irmão Cechin se referia ao fato de o então presidente da República ter se emocionado a tal ponto de não conter as lágrimas ao se referir aos catadores e moradores de rua, durante uma entrevista de avaliação de seu governo em 2010.
Algo semelhante aconteceu na Catedral Nacional da Santíssima Trindade, em Porto Alegre, no dia 09 de dezembro, Segundo Domingo do Advento, Dia da Bíblia, com a Sagração Episcopal do Revendo Humberto Eugenio Maiztegui Gonçalves. Eleito pelo povo e pelo clero da Diocese Meridional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Revendo Humberto, que é doutor em teologia bíblica, professor no SETEK e na ESTEF, foi sagrado bispo numa celebração muito animada, com forte presença ecumênica, de lideranças eclesiais da Igreja Anglicana e, sobretudo uma fervorosa participação do povo das diversas comunidades da sua Diocese.
Numa celebração como esta sempre tem os momentos de forte emoção, mas em duas situações, as lágrimas do novo bispo foram muito simbólicas. A meu ver, representaram a expressão mais intimida do seu fiel compromisso de amor a Deus e aos pobres. Ao motivar a comunidade para a saudação da paz, convidando para catar o refrão “Quando olho em você, eu vejo em você a Paz do Senhor”, o bispo Humberto chorou. E ao ouvir as palavras calmas do representante indígena, o jovem Guilherme Benitez (Verá Mirim), do Povo Mbyá Guarani, o novo bispo também não conteve as lágrimas.
Claro que tudo foi importante naquela celebração, todos os ritos, todas as falas, a pregação da Reverenda Carmem, da Diocese Anglicana da Amazônia, a valoração de comunidades historicamente excluídas (surdos, deficiência física, jovens, mulheres, índios...). Enfim, tudo foi muito importante e nos fez renovar a fé, o amor e a confiança em Deus e na comunidade. Mas, quero salientar o simbolismo que percebo nestes dois momentos relatados, em que o bispo eleito chorou: na saudação da paz e nas palavras do índio guarani.
Podemos parafrasear Irmão Antônio Cechin e dizer “feliz a Igreja que tem um bispo que chora com a saudação da paz e com as palavras de um índio”. Certamente, a paz não lhe representa apenas uma palavra, mas todo sonho e a luta pela justiça. Para o bispo que derramou suas lágrimas, a Paz do Senhor é sentida ao olhar, acolher e abraçar o próximo. E ao chorar diante das poucas e calmas palavras do índio guarani, certamente o bispo ouviu todo o clamor histórico expresso no silêncio deste povo sofrido. Na fala mansa do jovem guarani, o bispo ouviu o grito de Sepé Tiaraju que não queria morrer nem perder a terra que Deus havia dado a seu povo. E suas lágrimas expressam o que deve ser mais que um sentimento, o compromisso da Igreja para com os índios e todos os pobres, o anúncio da Boa Nova a toda a criação e o testemunho da fé no serviço em favor da justiça e da paz.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Semana da Paz 2012 no “Espirito de Assis”


Em Favor da Paz! Contra Mercantilização da Vida
Em 27 de outubro de 1986, 130 responsáveis das principais religiões do mundo se encontraram em Assis/Itália para rezar pela paz e proclamar que a religião nunca deve se tonar motivo de conflito, ódio e violência.
Desde esse dia, a cidade onde nasceu Francisco de Assis, tornou-se para todo o mundo e para todas as religiões um apelo à verdadeira Paz. Bem expressados nas palavras de João Paulo II: “Continuemos a difundir a mensagem da Paz. Continuemos a viver o espirito de Assis”.
Em compromisso com esse “Espirito Profético de Assis” franciscanos e franciscanas procuram atualizar essa proposta de Paz nos dias de hoje nos lugares onde se encontram.
Por isso, convidamos a quem se sente parte da Família Franciscana ou se considera simpatizante do ideal de Francisco de Assis e Clara de Assis a promover ações/ atividades que nos remetam a Justiça Ambiental, em ocasião do dia 27 de Outubro.
O tema da Semana da Paz 2012: Em Favor da Paz! Contra Mercantilização da Vida
Continuando o compromisso que firmamos na Rio+20 com os Franciscan@s do mundo presentes na Conferencia, seguimos com o tema Justiça Ambiental na ocasião da memoria do “Espirito de Assis”
Direitos básicos como saúde, educação, cultura, moradia entre outros, há tempos já não são mais direitos e sim mercadorias. Ter acesso a esses serviços com alguma qualidade significa ter que pagar. O que acaba excluindo grande parte da população.
Nessa semana da Paz queremos chamar a atenção a outros bens, que por direito são públicos, mas que, também já começam a se tornar mercadorias.
Queremos vivenciar uma ação comum e sintonizada, em Favor da Paz e contra todo o processo que mercantiliza a vida no planeta. Convidamos que você, na sua localidade realize alguma ação para lembrar o “Espírito de Assis” e dar visibilidade ao nosso compromisso francisclariano pela construção da fraternidade universal.
Leia mais nos sites do Sinfrajue e Sefras

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ivo Fiorotti: educador, religioso, militante social.


Por Pilato Pereira*
Na década de 80, Canoas conheceu o Frei Ivo, um frade capuchinho com a simplicidade de São Francisco de Assis, um religioso muito dedicado aos mais pobres, comprometido com a organização do povo nas lutas por moradia, emprego, melhores salários e vida digna. Ivo Fiorotti sempre foi uma pessoa convicta de seu dever histórico e após um período dedicado a vocação religiosa, ao conhecer Ivonete (a Diva), decidiu formar uma família. E juntos, Diva e Ivo, passaram a se dedicar ao trabalho religioso e social. A família Fiorotti, desde o início, foi acolhida pelo povo da Vila União dos Operários, onde muito contribuíram, dando exemplo e testemunho de solidariedade. Todos que conhecem o Ivo sabem que ele é uma pessoa com o dom de dar segurança aos companheiros e companheiras, seja na Igreja, na Associação de Moradores, na Horta Comunitária e na militância política partidária. Com posições equilibras e opiniões sábias, Ivo Fiorotti ajudou o movimento comunitário a se organizar e se fortalecer e sempre foi e continua sendo um líder fundamental na construção do Partido dos Trabalhadores. Nas pastorais sociais, nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos populares, o Ivo é uma pessoa que, continuamente, ajuda a refletir e a atualizar a vivência prática do Evangelho de Jesus Cristo.
Assessor parlamentar, professor, gestor público no governo do Estado e vereador, Ivo Fiorotti sempre teve tempo para a família, para a comunidade, aos amigos e vizinhos e para a militância no PT e no movimento comunitário. Muito solícito e atencioso com as pessoas, o Ivo sempre foi procurado para um conselho, uma ideia, a solução de um problema, algumas palavras amigas ou uma boa análise de conjuntura. Enfim, um ser humano extraordinário, com a capacidade de ajudar as pessoas a serem mais humanas e se sentirem com mais dignidade. 
Em 2008 Ivo Fiorotti foi eleito vereador e, após a eleição, reuniu as pessoas que o apoiaram e, de forma participativa, decidiram a missão e as diretrizes do seu mandato, expressas no lema: “Servir a Pessoas e Fortalecer as Organizações Sociais”. O mandato do vereador Ivo Fiorotti procura cotidianamente atender as demandas através das políticas públicas com eficiência e eficácia. É um vereador que estimula o controle social com fiscalização e participação popular. Sua prática é mostrar o caminho para que o cidadão não fique dependente e seja protagonista na conquista de seus direitos. Fiorotti, desde o início, colocou o seu mandato a serviço das pessoas e do fortalecimento das organizações e movimentos populares.
Muito consciente do papel do vereador, Ivo Fiorotti vem trabalhando firme na formulação e proposição de projetos e leis de inclusão. É o autor de 14 leis e 2 decretos legislativos. Entre as diversas leis que apresentou e foram sancionadas pelo prefeito Jairo, se destacam o Programa de Destino de Resíduos Sólidos, a criação do Selo Amigo do Reciclador, a obrigatoriedade na separação do lixo seco e do lixo orgânico, a lei das calçadas ecológicas, o Dia Municipal do Bem-Estar Animal, a Semana da Música, o Dia dos Surdos. E além destes temas importantes, o vereador também foi o autor de diversas leis que denominam logradouros públicos, garantindo endereço e CEP para milhares de famílias. E para fortalecer o movimento comunitário e valorizar suas lideranças, Ivo Fiorotti, através de dois decretos legislativos, criou o “Prêmio Líder Comunitário Clésio Aires de Oliveira”. Por tudo isso, podemos dizer que Ivo Fiorotti cumpre realmente seu papel no Poder Legislativo, é um vereador de verdade. Fiorotti também se destacou como líder do governo Jairo Jorge, solidificando na Câmara de Vereadores uma base parlamentar que deu a necessária sustentação para que o prefeito Jairo Jorge pudesse implementar uma gestão pública que vem mudando a cidade de Canoas. E por todo o apoio e incentivo que deu as associações, escolas, entidades e organizações sociais nas mobilizações para o Orçamento Participativo, Fiorotti é reconhecido como o vereador da participação popular. 
Por isso, votar em Ivo Fiorotti 13114 é votar num vereador de verdade. Um vereador que cumpre seu papel no Legislativo, onde trabalha com a marca de sua trajetória como religioso, educador, militante e reformador social.

*Pilato Pereira é Mestre em Teologia pela PUCRS e autor do livro "O Irmão dos Pobres: Antônio Cechin, uma biografia". Porto Alegre: ESTEF, 2009. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eleição é tempo de escolha.


Colher o trigo é o mesmo que recolher a boa semente que está predominante livre do joio. Mas quando se usa o verbo escolher, em vez de colher, significa fazer a colheita do trigo em meio ao joio. Trata-se de uma colheita custosa e difícil, que deve ser feita com muito zelo e cuidado para que a boa semente seja preservada para seguir seu ciclo produzindo bons frutos para a vida. Assim é a eleição, um ato de escolha, em que vamos aos trigais, não para querer fazer o que já não nos cabe mais, que é separar o joio do trigo, mas para escolher a boa e límpida semente de trigo. Como cristão, levo à sério o que Jesus disse, que não nos cabe separar o joio do trigo. Pois, não podemos interditar a vida do joio, mas na hora da colheita, sim, é preciso joeirar, ou seja, peneirar, escolher o trigo e deixar subjazer o joio. A urna é a peneira e até ela podem chegar sementes de joio e de trigo. O eleitor, por sua vez, com a urna em mãos, entre centenas de possibilidades, fará uma escolha que julga ser a melhor.
O ato de votar no dia da eleição é a confirmação de uma escolha, de uma decisão, que para qual deveria pesar na balança o passado, o presente e o futuro. O eleitor precisa conhecer a história de seu candidato ou candidata e ver se hoje ele ou ela continua coerente com suas convicções e se soube caminhar pra frente, evoluindo na maneira de pensar e agir. É importante relacionar o passado e o presente do (a) candidato (a), bem como o que ele ou ela representa para o futuro da sociedade. Penso também que o eleitor precisa relacionar sua própria história e sua realidade com as do (a) candidato (a) e procurar ver onde os seus sonhos se encontram com os do candidato ou da candidata que quer ajudar a eleger.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Dia da Árvore e o Cio da Terra

A data considerada como o Dia Mundial da Árvore ou o Dia Mundial da Floresta é 21 de março. Mas os Estados Unidos decidiram adotar o 22 de abril como o Dia da Árvore. E muitos países têm adotado uma dessas duas datas. O Brasil, porém, foi um dos poucos países que não seguiu o exemplo dos EUA e também não adotou a data mundial que é 21de março. Nós brasileiros celebramos oficialmente o Dia da Árvore em 21 de setembro. E existe uma explicação lógica e muito bela para esta decisão.

Os povos indígenas brasileiros, em geral, sempre cultuaram as árvores na época das chuvas ou quando se preparava a terra para semear. Então se adotou a data que marca a entrada da Primavera. Algo que nos chama a atenção é o fato de que, por razões climáticas, o Norte e o Nordeste do Brasil cultuam a árvore na última semana de março, no período referente ao início das chuvas naquela região, e não como acontece no restante do país.

No Brasil, a celebração da árvore está intimamente relacionada com a vida da natureza e das pessoas que vivem num determinado lugar. Para quem vive na região sul do Brasil, a data em que é celebrado o Dia da Árvore, 21 de setembro, tem a ver com o período em que as terras estão sendo cultivadas ou já semeadas e as sementes estão germinando, crescendo, virando planta e as arvores voltando a florir novamente. Celebramos a árvore no período em que a semente, por causa do cio da terra, começa a virar planta e as plantas revelam sua beleza através das flores.

No Dia da Árvore celebramos a natureza, a vida se renovando, evidenciando a beleza que silenciosamente alimentou durante o inverno - tempo de seu recolhimento. O mês de julho é propício para o plantio de mudas de arvores, mas podemos ir plantando ainda em agosto ou até mesmo em setembro, para não deixar de plantar. Quando chegar o Dia da Árvore é bom que as mudas que plantamos em julho ou agosto já estejam firmes, em boa sintonia com a terra e todo o ambiente, se enraizando e prontas para começar a crescer com o calor da Primavera.

Plantar uma árvore é um sinal de amor à vida e um ato de compromisso ético com as gerações futuras. Mas, é preciso conhecer a natureza e saber quais são as árvores específicas do bioma, do ecossistema onde vivemos. Não basta apenas plantar árvores, é preciso plantar o tipo árvores que convivam em harmonia com o ambiente, ou seja, árvores nativas. Uma árvore fora do seu habitat natural, que é chamada de planta exótica, pode não vingar ou sofrer muito e não se desenvolver no seu vigor original, além de atrapalhar as plantas nativas.

E quando as árvores são plantadas em grandes extensões, em forma de monoculturas, elas podem afetar a vida do habitat onde foram plantadas. Sobre as monoculturas de eucaliptos, por exemplo, já se tem experiências de que provocam desequilíbrio ambiental e afetam fortemente a normalidade do ambiente, prejudicam as outras formas de vida do local onde são plantadas. Plantar poucas mudas de eucalipto, acácia ou qualquer outra árvore exótica, às vezes para o consumo local, não causa tantos problemas ambientais. Mas, quando o plantio é realizado em grandes extensões de terra, isto se torna extremamente perigoso. Mesmo quando se planta poucas árvores, é preciso ter o cuidado de que elas não sejam predominantes e capazes de agredir a biodiversidade nativa do lugar.

Plantar árvores é bom, é saudável para a vida. Além do seu valor em si, uma árvore traz muitos benefícios para a vida das pessoas e de toda a natureza. Sabemos da grande importância das árvores para o funcionamento normal da vida no planeta. Não podemos viver sem árvores, mas não basta simplesmente plantar árvores, pois nem todo verde é ecologicamente correto. Precisamos plantar e cuidar das nossas árvores nativas. E quem ainda não plantou uma árvore nativa neste ano, pode aproveitar o Dia da Árvore e plantar pelo menos uma.

Normalmente, quem planta uma árvore, não é o seu principal beneficiário. Mas, quem foi que plantou tantos milhões de árvores que hoje garantem nossa vida, nossa respiração? Certamente não foram nossas próprias mãos que plantaram as florestas e as plantas todas que permitem a vida ao nosso redor. A mão de Deus, a natureza e outras pessoas foram solidárias conosco. Portanto, sejamos solidários com quem ainda não nasceu e precisará encontrar um planeta com árvores, flores, frutos, água e todos os recursos que sustentam a vida. Herdamos um mundo onde é possível respirar. E o que deixaremos para as futuras gerações?

Plante a continuidade da vida, plante uma árvore nativa.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tempo para a Criação


Todos os anos o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) trabalha uma campanha ecumênica chamada “Tempo para a Criação” que inicia no dia 1º de setembro por ser o primeiro dia do ano do calendário eclesiástico da Igreja Ortodoxa, estendendo-se até 4 de outubro, que é a Festa de São Francisco de Assis, na tradição católica romana e anglicana, e por ser um santo universal, admirado por diversas denominações e manifestações religiosas no mundo inteiro.
São Francisco de Assis é a referência nesta campanha ecumênica, que é um tempo de oração, reflexão sobre o cuidado e o uso justo dos dons da natureza que recebemos de Deus, e assim, renovar o compromisso ecológico. O Tempo para a Criação faz parte das iniciativas  do programa da justiça climática do CMI através do qual, igrejas, organizações ecumênicas e redes religiosas enfatizam o aspecto ético e espiritual do debate sobre questões ambientais.
Para Dom Rowan Williams, primaz da Igreja Anglicana, arcebispo de Cantuária o Tempo para a Criação é um momento oportuno de oração e ações para concretizar a união das igrejas em defesa da vida, anunciando a boa nova para toda a criação de Deus. É a hora de “pedirmos a Deus para nos revigorar, nos unir e nos inspirar em torno dessa visão de uma boa nova universal”. O Tempo para a Criação é uma forma de resgatar o valor e a dignidade de toda a criação e de promover a conscientização de que ela também espera ansiosa pela libertação prometida ao gênero humano. 
Quando a comunidade humana é curada do seu pecado e do seu medo, do egoísmo, da ganância e da ansiedade, isso se expressa na natureza. Pois, "o propósito de Deus para toda a Criação é a glória para tudo o que foi criado. A própria Criação será liberta da escravidão da corrupção e obterá a liberdade da glória dos filhos de Deus", afirma Williams.
Além de um evento adicionado ao calendário litúrgico das igrejas cristãs, o Tempo para a Criação é o contínuo despertar para a mudança, é a conversão ecológica, onde o ser humano, numa visão holística, compreende seu lugar na criação. Tudo é criatura de Deus, que muito ama todas as formas de vida que criou. Esta é a oportunidade em que os cristãos podem encorajar uns aos outros e a toda a humanidade quanto aos fenômenos das mudanças climáticas. E como cristãos, não devemos promover o pânico, que nada muda. Podemos, sim, contribuir com a mudança, partilhando boas novas, anunciando que haverá vida para toda a Criação. É, portanto, um tempo de resgatar a esperança e, num clima de conversão, reafirmar o compromisso ético de mudanças nas atitudes humanas para deter a injustiça climática.
O Tempo para a Criação, mais do que uma atividade das igrejas cristãs, é uma porta que se abre para que os cristãos se unam com outras religiões numa mesma roda de dialogo em busca de soluções eficientes e eficazes no cuidado da criação. É também uma oportunidade para que diferentes religiões orem de mãos dadas no mesmo santuário da vida, como fez São Francisco de Assis, e que deixou registrado no Cântico das Criaturas.
O  Tempo para a Criação provoca para o debate sobre a Terra e toda sua biodiversidade. Ajuda as pessoas a compreenderem o sentido da humanidade  como uma comunidade de vida onde todos são responsáveis por todos e por tudo. É o despertar para um olhar ecológico e holístico, com a compreensão de que somos a comunidade Terra. Nosso Planeta é uma comunidade de vida e os seres humanos precisam compreender seu lugar em meio a toda a biodiversidade existente na Terra. Ou seja, com o Tempo para a Criação quer fazer o ser humano deixar a natureza ser ela mesma e assumir uma postura fraternal e amorosa frente a todas as formas de vida. É o momento para o despertar da ciência de que somos parte da Terra e que estamos o tempo todo interferindo positiva ou negativamente na vida do planeta. E com o Tempo para a Criação podemos influenciar na harmonia da vida.
O CMI declara que “a Terra e seus habitantes não podem esperar mais”.  Por isso conclama as igrejas membro e todo o movimento ecumênico, bem como, as outras religiões para “continuar orando e falando, expressando o grito dos pobres e da Terra nestes momentos cruciais”. O Tempo para a Criação é uma ótima oportunidade para unir igrejas e religiões em defesa da vida que é obra das mãos de Deus. Quiçá aos poucos, com nossas Igrejas, religiões e comunidades, assumamos esta campanha como um tempo de oração, reflexão sobre o cuidado e o uso justo dos dons da natureza que recebemos de Deus, e assim, renovemos em comunhão de fé o compromisso com a defesa da justiça e da paz com a criação.
Pilato Pereira - mestre em Teologia pela PUCRS, com pesquisa sobre Ecologia e Ecumenismo. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Um exemplo de político ecologicamente correto


Muitos políticos e candidatos julgam ser politicamente correto falar de ecologia, mas as suas práticas e ações políticas são ecologicamente incorretas. No entanto, esta não é uma regra geral. Pois, existem políticos que agem politicamente pela sustentabilidade do Planeta, que trabalham ecologicamente na politica. São poucos, mas eles existem e podemos apresentar exemplos. Quem leu o blog do vereador Ivo Fiorotti de Canoas, pode constatar que o parlamentar, além do trabalho cotidiano em apoio a causa da ecologia,  também apresentou e conseguiu aprovar na Câmara Vereadores diversas leis ambientais. Confira a reportagem que segue:

Nas últimas eleições nenhum candidato ou candidata tem deixado de fora de seus discursos as palavras "ecologia, sustentabilidade e meio ambiente". Mas, o vereador Ivo Fiorotti vai além do discurso e neste seu primeiro mandato em Canoas, realmente, legislou pela sustentabilidade do Planeta.  Para o vereador Ivo Fiorotti, ecologia, sustentabilidade e meio ambiente, não são apenas palavras, são princípios de vida e ações concretas do seu dia-a-dia. Como recorda o coordenador da Pastoral da Ecologia do Rio Grande do Sul, Frei José Deon, "como líder comunitário, o Ivo ajudou o Irmão Antônio Cechin na organização da reciclagem, que tornou-se política pública. E hoje como vereador, ele criou importantes leis ambientais para Canoas". Sabemos que a preocupação com a vida do Planeta também perpassa pela cidade onde vivemos, por isso, o vereado Ivo Fiorotti propôs leis ambientais que garantem a cidadania ecológica. Veja alguns exemplos de leis de autoria de Fiorotti:
Lei Nº 5390, de 17 de Junho de 2009 criou, no Município de Canoas, o Programa de Destino de Resíduos Sólidos voltado aos estabelecimentos que necessitem de licenciamento ambiental para o seu funcionamento. A Mesma lei também possibilita ao Poder Público a criação do "Selo Amigo do Reciclador" para incentivar a boa conduta dos geradores de resíduos sólidos.
Lei Nº 5451, de 4 de dezembro de 2009, estabelece a obrigatoriedade na separação do lixo seco e do lixo orgânico em Canoas. Além da sua dimensão ecológica, ajudando na sustentabilidade do Planeta, esta lei também beneficia as pessoas que trabalham com a reciclagem, gerando trabalho, renda e dignidade para muitas famílias.
Lei Nº 5468, de 23 de dezembro de 2009, dispõe sobre calçadas ecológicas na cidade de Canoas e foi alterada pela Lei 5590 de 2011 para garantir os princípios da acessibilidade e sustentabilidade ecológica. Por esta lei, os passeios públicos devem garantir a acessibilidade universal e permitir espaço de permeabilidade para água de chuva, possibilitando mais vegetação na cidade e menos alagamentos.
Lei Nº 5615, de 9 de setembro de 2011, criou o Dia Municipal do Bem-Estar Animal, integrando ao calendário oficial do Município, a ser comemorado anualmente no dia 4 de outubro, Festa de São Francisco, o santo padroeiro dos animais e da ecologia. Esta lei ajuda o Poder Público e a sociedade civil organizada a promover a conscientização sobre o Bem-Estar Animal no Município de Canoas. Fiorotti também apoiou a organização do Fórum Municipal do Bem-Estar Animal que mobilizou diversos militantes desta causa, que conquistaram, através do Orçamento Participativo, a construção do Centro do Bem-Estar Animal com políticas públicas voltadas ao respeito com os animais.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho de 2011, o mandato do vereador Ivo Fiorotti realizou o lançamento virtual da campanha ecológica “Somos Vivos, Solidários com a Vida do Planeta”, com o objetivo de promover a conscientização ecológica. E durante todo seu mandato, o vereador tem apresentado pedidos de providências e indicações para solucionar problemas da vida urbana que estão relacionados ao meio ambiente. Uma das lutas do vereador também é por um meio de transporte mais prático e, ecologicamente, sustentável para a cidade de Canoas, sugerindo, inclusive a implantação aeromóvel entre Guajuviras e Mathias Velho. Fiorotti, através de seu mandato de vereador, tem dado muito apoio aos eventos de conscientização ambiental, como a Romaria das Águas e a bicicletada Sepé Tiaraju, entre outros.
Na sua trajetória como militante comunitário e como religioso franciscano, Fiorotti sempre levou à sério a questão ecológica. Na comunidade e na família, no dia-a-dia, Ivo dá testemunho de respeito e cuidado com o meio ambiente, sendo um dos idealizadores e cultivadores da Horta Comunitária (HOCOUNO), na Vila União dos Operários, onde reside. Como vereador Ivo Fiorotti trabalhou e vai continuar lutando em defesa do meio ambiente. Por isso, quem quer um vereador ecológico, vota 13114.
Fonte: ivofiorotti13114.blogspot.com.br

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O tabaco só faz mal


Eu queria ver o meu pai envelhecer, queria poder vê-lo de bengala e levá-lo para tomar sol e olhar o sol se pôr, queria poder ouvir repetidas vezes as suas histórias dos acasos da vida. Mas agora conto a história de que o tabaco roubou a vida de meu pai aos 66 anos. Mas, antes de fechar os olhos, meu pai me fez ver que o cigarro faz muito mal a saúde das pessoas e da Terra. Tenho certeza que o cultivo do tabaco e sua industrialização e comercio é um crime contra a vida. Mas tem gente que continua plantando fumo e colhendo doenças em suas famílias. Tem gente que só vê e o lucro em dinheiro e ignora o prejuízo da vida da humanidade e da Terra. E ainda dizem que não há outro caminho de emprego e renda. Não consigo entender que caminho é este que leva ao abismo, ao precipício. Será que não somos mais capazes de pensar e inventar outras atividades para viver? Existe, sim, muitas alternativas ao fumo. Basta querer e escolher a vida. É hora de acabar com esta arma que se chama cigarro.
Vejamos, por exemplo, o que diz o Instituto Nacional do Câncer: "Além dos danos à saúde (como diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, dentre mais de 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção do tabaco há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade: desmatamento, uso de agrotóxicos, agricultores doentes, incêndios e poluição do ar, das ruas e das águas."
Além dos danos ambientais e do mal que causa aos próprios fumantes, o cigarro também afeta a saúde de quem não fuma, que são os fumantes passivos. Todos, praticamente, que andamos nas ruas somos fumantes passivos. Nas paradas de ônibus, nas estações de trem e nas calçadas ao nosso lado, sempre tem alguém fumando e causando mal para a sua e a saúde de todos ao seu redor.
Estudos revelam que entre pessoas expostas ao fumo passivo há risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão, 30% mais risco de sofrerem doenças cardíacas e 25% a 35% mais riscos de terem doenças coronarianas agudas. Além disso, a propensão à asma e à redução da capacidade respiratória é maior neste grupo. 
No Brasil, pelo menos, 2.655 não-fumantes morrem a cada ano por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. O que equivale dizer que, a cada dia, sete brasileiros que não fumam morrem por doenças provocadas pela exposição à fumaça do tabaco.
Não quero me entrometer na vida de ninguém, mas também não quero ser omisso e a verdade é que o cigarro faz muito mal para todos, fumantes e não fumantes. Só traz vantagens aos grandes produtores, as industrias e ao comércio do tabaco.
Mas, fica o alerta. Os produtores, as indústrias e o comércio de tabaco estão adoecendo o Planeta e matando seres humanos. Os fumantes estão destruindo suas próprias vidas e ajudando a causar doenças em outras pessoas e degradando a vida do Planeta. 31 de maio é apenas um dia de alerta.
Pilato Pereira

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vem chegando a Primavera


Che Guevara falou: “os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”. Assim como o Verão, o Inverno e o Outono, a Primavera sempre volta, sem nunca ter nos deixado. Como o Sol que surge no horizonte, se alastra e depois se põe e no dia seguinte, mesmo as escondidas, lá está ele novamente cumprindo seu ritual de nascer e morrer, sem nunca deixar de viver. Assim é a vida. As flores que agora são flores virão a ser frutos e os frutos alimentam outros seres e guardam suas sementes que morrem para gerar vida que floresce. E quanto mais nos detemos a observar e compreender os mistérios da natureza, mais nos envolvemos em mistérios que se revelam e velam verdades tantas. Existem paisagens belas que são reveladas pela luz e outras, igualmente belas, são reveladas pela noite. E o que noite esconde, o dia desvela e o que o dia desfaz, a noite refaz.
Setembro está quase de partida, mas nos deixa, aqui no hemisfério Sul, de presente, a Primavera, a estação das flores e da unimultiplicidade das cores da vida. Bem-vinda a Primavera, ela que sempre vem prenunciada pelo majestoso cando do Sabiá. Todos os anos ela vem desabrochar a vida, reflorescer os sonhos e acordar a esperança, embelezar e perfumar a convivência das pessoas e a natureza. A Primavera exibe as cores da vida. Ela expõe um espetáculo que não é somente seu, mas a sua missão é exibir a vida em forma de flores. Mas, para que existam flores na Primavera, é preciso o calor do Verão, a transição do Outono e o frio do Inverno. Tudo depende de tudo e tudo está interligado com tudo. O capricho da natureza, muitas vezes desconhecido, durante as outras estações resulta na beleza da Primavera. Quando nos encantamos com as flores desta estação, é bom reconhecer o quanto foi importante o clima regular das outras estações. Não haveria Primavera se não fosse o Inverno. Quando reclamávamos daqueles dias frios que só se saia de casa por extrema precisão, a natureza silenciosamente se servia daquele clima para nutrir a vida. E agora, com toda eloquência, a Primavera canta a poesia da vida.
A Primavera é mesmo fascinante. Sua missão é revelar a beleza da vida que, por vezes, passa despercebida. E quando a Primavera nos diz que a vida é linda e nós humanos compreendemos a sua poesia, a vida realmente se torna melhor. Também externamos as nossas cores. Cores de sentimentos, desejos, pensamentos, ideias, ideologias, crenças e filosofias. As cores que pintamos e vestimos e também as cores de bandeiras que erguemos. E quando essas bandeiras pregam paz, justiça e dignidade, elas movem o mundo. Sendo assim, são bandeiras que expressam nossa humanidade, como as flores que na Primavera expressam a beleza que está na essência da vida.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

“É hora de agir pelos nossos sonhos”

A Senadora pelo PT, Ministra do Meio Ambiente no governo Lula e presidenciável pelo PV, Marina Silva, tem uma biografia que a identifica com as palavras que disse no ato de desfiliação do Partido Verde, na última quinta-feira, 07/07: “Não é hora de ser pragmático, é hora de ser sonhático e de agir pelos nossos sonhos”. O discurso de Marina nos dá a ideia de que fazer política, não é só pensar em eleições, traçar planos para chegar ao governo e ocupar espaços no poder. Fazer política é pensar a vida em sociedade, o coletivo e o futuro. Política é sobrevivência e sustentabilidade. Por isso, as palavras de Marina Silva despertam um sentimento diferente diante da política. Em vez de anunciar seu novo partido, ela anunciou um movimento político, que poderá se tornar num partido ou a união de vários partidos e diversas organizações de pessoas que acreditam numa sociedade justa e sustentável. No entanto, mesmo sendo “sonhática”, ao redor de Marina podem se juntar muitos e bons pragmáticos para tentar ganhar eleições, sem ter em mente os ideais que ela construiu ao lado de Chico Mendes e de Lula.

Acredito que Marina sempre procurou agir pelos seus sonhos, mas deve ter sido incentivada muitas vezes a atuar pragmaticamente. Nada contra o pragmatismo, que é importante, mas a política também precisa de sonhos, ideais e utopias. E Marina Silva mostrou isso, inclusive nas eleições de 2010, quando não quis formar uma aliança eleitoreira no segundo turno, diferentemente do seu partido, o PV, que estava seduzível aos tucanos. O que vale dizer, sem entrar no mérito da questão, que o PV não merecia Marina. Claro que, com ela o partido também cresceu, mas os quase 20 milhões de votos que recebeu nas urnas em 2010 não foram para o PV e sim para Marina e seus ideais.

Marina Silva é uma sonhadora, mas do tipo de Chico Mendes, Margarida Alves, Che Guevara, Roseli Nunes e outros nomes, cuja lista seria interminável, de pessoas que agiram pelos seus sonhos. Das belas e sábias palavras de Marina, podemos entender que se torna menor a distância entre o nosso sonho e a realidade, quando agimos movidos pelo que sonhamos. Foi assim que o povo brasileiro agiu quando elegeu Lula presidente. E o Brasil mudou muito, mas os brasileiros precisam continuar acreditando e agindo pelos seus sonhos.

Sabemos que em Brasília temos um Parlamento perigoso para o futuro do país. Políticos que mudam leis para perdoar dívidas de desmatadores, como, por exemplo, a aprovação pela Câmara da proposta de mudança do Código Florestal. Mas, o povo brasileiro, que aprendeu a agir pelos seus sonhos é majoritariamente contra o que fez a maioria dos deputados. Recentemente, uma pesquisa (Datafolha, 3 a 7 de jun.) mostrou que 79% são contra o perdão de multas impostas a produtores rurais que desmataram ilegalmente. Podemos dizer, portanto, que as palavras ditas por Marina Silva estão em consonância com os corações se mentes dos brasileiros.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

11º mandamento: Não Desmatarás

Houve uma tarde e uma manhã, foi mais um dia da criação e Deus viu que tudo era bom. As pessoas de todos os continentes, as águas dos rios, das chuvas, dos mares e oceanos, as árvores das florestas, das praças e jardins, as plantas diversas com suas flores e frutos, os animais da selva, dos campos, os peixes, as aves do céu e todas as formas de vida..., Deus viu que tudo era bom.
E para tudo continuar bom, Deus revelou o 11º mandamento, que agora anunciamos: Não Desmatarás. Este mandamento não foi inscrito em tábuas de madeiras, mas no coração de todas as criaturas, porque tudo o que vive, respira sente que não é bom desmatar.

sábado, 11 de junho de 2011

Novo Código Florestal aumentaria em 47% o desmate até 2020, diz UNB

Caso o novo Código Florestal for adotado pelo governo brasileiro da maneira em que está, o desmatamento no país pode aumentar 47% até 2020. A informação foi apontada em um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Brasília, em parceria com cientistas da Holanda e da Noruega.
O projeto chamado Lupes (Política de uso da terra e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, na tradução do inglês) se baseia no total desmatado no país em 2008. Estima-se que se a atual lei, que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais, vigorasse até 2020, seria derrubado no país 1,1 milhão de hectares de floresta (11 mil km²) a mais que em 2008.
Entretanto, caso a legislação aprovada na Câmara entre em vigor, o desmate poderá ser 1,7 milhão de hectares (17 mil km²) superior ao total registrado há três anos, ou seja, o Brasil perderia até 2020 uma área de florestas equivalente a três vezes o tamanho do Distrito Federal.
Leia mais sobre está matéria no site AmbienteBrasil

domingo, 5 de junho de 2011

Dia Mundial do Meio Ambiente e o aniversário do blog Olhar Ecológico


O blog Olhar Ecológico, que hoje completa 3 anos, foi lançado em 5 de junho de 2008, no Dia Mundial do Meio Ambiente. Foi escolhido esta data para o blog, pelo seu simbolismo na luta ecológica. Pois, foi no ano 1972, em Estocolmo, na Suécia, no seu primeiro encontro mundial sobre meio ambiente, que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de junho como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, o Dia da Ecologia. Naquele momento também foi criado o UNEP (PNUMA) Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. E se confirmou que o meio ambiente deve estar no centro das preocupações da humanidade, e que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico. E o blog Olhar Ecológico vem 36 anos depois, quando o mundo já está cheio de iniciativas e projetos que priorizam a salvaguarda da natureza. Porém, um momento crítico da humanidade, em que os problemas ambientais se agravam e emerge a necessidade de dialogo, de somar forças, de partilhar ideias e práticas sustentáveis, ao mesmo tempo em que é premente mobilizar e denunciar. Por isso, o blog Olhar Ecológico foi pensado e colocado no ar.
Agora, depois de 39 anos em que a ONU instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, através deste modesto blog de apenas 3 anos de caminhada, me sinto na liberdade de questionar a mim mesmo e a sociedade onde vivo se, de fato, o meio ambiente está no centro de nossas preocupações. E sei que a resposta não está em discursos, mas nas ações cotidianas das pessoas, dos empreendimentos das empresas e das políticas dos governos. Será que, a partir de 1972, o meio ambiente ganhou centralidade em nossas decisões, em nossos pensamentos e ações? É preciso que nos questionemos sobre isto.
Como escrevi na reflexão do Dia Mundial do Meio Ambiente em 2009, não há dúvida de que a questão ecológica ganhou espaço na mídia, nas escolas, nas conversas cotidianas, nos movimentos sociais, partidos de várias tendências, nas pastorais, nas universidades e em vários lugares e espaços da vida social. O meio ambiente ganhou o discurso da nossa geração, virou tema propício para nossas conversas. Agora, porém, cabe-nos uma autocrítica. Neste período em que progredimos tanto na maneira de ver a questão ambiental, evoluímos no debate e alargamos os espaços de ocupação das temáticas ambientais, precisamos interrogar nossas ações e avaliar os resultados das nossas decisões sobre o meio ambiente.
Com tanto debate que a ecologia nos proporcionou, será que realmente mudamos a maneira de pensar e ver a vida? Mudamos nossas arcaicas concepções sobre a natureza, sobre as pessoas e as mais diversas formas de vida? Estamos preocupados. Sim! Mas, estamos decididos a mudar o padrão de consumo, por exemplo? Aprendemos a usar os recursos naturais de forma sustentável? Ainda mantemos nossa ganância, o luxo, a opção pelas facilidades a todo custo, sem nos perguntarmos sobre a capacidade sustentável do planeta e sobre as necessidades das outras pessoas e de outros povos?
Já no primeiro encontro da ONU sobre meio ambiente, acima referido, se confirmou que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico. E, hoje, onde estão esses valores e princípios? Se eles existem, então, devem estar movendo nossas ações. A ecologia nos abre os horizontes, nos faz ver a realidade socioambiental, nos interpela para a ação, mas questiona e ilumina nosso agir. Não basta simplesmente agir, é preciso mudar, transformar de dentro para fora.
Como diz o teólogo Leonardo Boff, é preciso mudar nosso paradigma. Ou seja, precisamos mudar a matriz do nosso modelo de sociedade, das nossas concepções, valores, pensamentos, conceitos. Uma mudança de vida para preservar a Terra e tudo o que vive nela, requer uma mudança profunda no ser humano. Em relação a muitas coisas, até podemos fazer opções e tomar atitudes sustentadas por campanhas publicitárias. Mas, as nossas ações ecológicas precisam ser sustentáveis, precisam ser amparadas por valores e princípios fundamentais e profundos. Nosso agir ecológico deve ser consistente, não pode ser descartável e precisa consistir e evoluir de geração em geração.
No Dia Mundial do Meio Ambiente de 2009, após 37 anos de a data ser proclamada, temos algo importante a fazer. Como humanidade, precisamos olhar nossa trajetória e, pensando no futuro, nos perguntar sobre quais os valores e princípios que estamos assumindo e incorporando na nossa vida, e que podem garantir o equilíbrio ecológico da Terra. Precisamos conferir se meio ambiente, de fato, ganhou a necessária centralidade. A questão é esta. No centro de nossas decisões e de nosso agir está a integridade da vida ou a mesquinhez do lucro, do luxo e do consumismo?
Precisamos pensar bem e agir bem. Que o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia, nos faça pensar e agir. E também nos ajude a mudar o modo de pensar e agir. Pensar sem agir é anular o pensamento e agir sem pensar é a pura prepotência de achar que se está fazendo tudo certo. Precisamos, não só colocar em prática as nossas teorias, mas teorizar, questionar e refletir sobre nossas práticas. E, se preciso for, temos que ter a coragem de mudar para preservar a vida.
Bom domingo a todos/as. Felis Dia do Meio Ambiente.

sábado, 4 de junho de 2011

Rádio Imaculada fala sobre o blog Olhar Ecológico


Estou numa entrevista na Rádio Imaculada, falando sobre o blog Olhar Ecológico, neste sábado, dia 04 de Junho. Será no programa Pnto de Econtro, que vai ao ar aos sábados das 12h30 às 13h, pela Rádio Imaculada Conceição 1490 AM,na grande SP e demais emissoras em rede pelo Brasil, e pela internet, no site:


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